“Eu sou a videira e vocês são os ramos.
Quem fica unido a mim, e eu a ele, dará muito fruto…” (Jo 15,5)
Como uma pequena semente de mostarda plantada na cidade de Rodeio-SC, nasceu a nossa Congregação. Iniciou-se pequenina, a partir da necessidade de professoras e catequistas para os filhos e filhas dos colonos daquela região, descendentes de italianos.
Frei Modestino, inspirado por Deus e com os ouvidos atentos aos clamores do povo da comunidade, fez uma proposta ousada. Frei Policarpo acolheu a proposta e lançou o convite às jovens da Terceira Ordem de São Francisco e Filhas de Maria. Três jovens camponesas, corajosas e com ouvidos atentos e olhares perspicazes, captaram o clamor e responderam SIM. Deixaram tudo e partiram para partilhar a vida e saber com “os pequeninos que pediam pão”, o pão da educação e catequese.
Em 1913, a jovem Amábile Avosani, deixou a casa dos pais e partiu para semear nessa nova missão de professora e catequista. No ano seguinte sua irmã Maria Avosani e a prima Liduína Venturi seguiram seu exemplo. Com muita simplicidade, pobreza, despojamento e alegria, moravam com as famílias, ensinavam as crianças e animavam a comunidade.
Muitas outras jovens viram e seguiram o exemplo bonito das três primeiras e formaram a “Companhia das Catequistas”. Com o aumento das vocações tornou-se a Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas e hoje estamos quase completando CEM ANOS de vida! E com coragem colocamo-nos a serviço do Reino de Deus, em 22 estados do Brasil e em outros países: Angola e Moçambique em África e no continente Americano: Argentina, Bolívia, Chile, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Haiti.
Os clamores foram aumentando e se diversificando, e o serviço na educação e catequese foi sendo recriado. Cada irmã, atenta aos desafios e necessidades dos novos tempos, atua na educação da fé e para a cidadania em diversos campos de missão: nas comunidades eclesiais, nas pastorais, movimentos sociais e populares nas grandes cidades, nas periferias, junto aos povos indígenas, ribeirinhos, seringueiros e migrantes, com pequenos agricultores nos assentamentos, com as juventudes, as mulheres e crianças, na luta pela conquista da terra, na economia solidária, na defesa da vida e da ecologia, tecendo redes na luta para que a vida floresça e dê frutos abundantes.
Vivemos em pequenas irmandades inseridas no meio do povo simples e pobre, compartilhando sua vida, suas lutas e seus sonhos.
Com Francisco e Clara seguimos acreditando que não podemos “perder de vista nosso ponto de partida, antes precisamos avançar, com confiança e alegria pelos caminhos das bem-aventuranças…” (2Ct In 11-12) sendo fiéis seguidoras do Mestre Jesus de Nazaré.
O chamado se faz caminho no SIM de cada irmã que vive o sonho das fundadoras com alegria, coragem e ousadia nos tempos atuais, sendo presença amorosa, profética e solidária junto aos pobres excluídos.
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