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Publicado em Testemunhos
16 Dezembro 2019 Comments (1)
Vivência da missão em Itajaí - SC

"Recebereis uma força do Espírito Santo que virá sobre vocês e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, e até às extremidades da Terra" (At 1,8).

Queridas Irmãs, simpatizantes do carisma, leigos/as e jovens

Paz e Bem!

Sou Puri Mafikene Marlaine, da República Democrática do Congo. Venho com o coração muito agradecido compartilhar com vocês um pouco do meu itinerário de vida-missão no período de um ano e três meses, aqui nesse chão sagrado de Itajaí - Santa Catarina. 

No dia 11 de agosto de 2018, aqui cheguei, como noviça do segundo ano. Me senti muito acolhida pela Província Imaculado Coração de Maria, pela Irmandade e pelo povo de Itajaí.

Aqui tive a oportunidade de viver, conviver e compartilhar a vida no cotidiano com as Irmãs Ana Maria Demo, Edite Nardelli e Marlene Eggert. Mulheres que ultrapassam os limites das possibilidades humanas para responder à vocação de gerar vidas e dar luz ao mundo. Mulheres que se fazem irmãs para salvar vidas, anunciando que só a relação fraterna é capaz de resgatar a dignidade original de homens e mulheres para que nasça a comunidade - povo.

"Onde há povo, há missão, onde há missão, há mil razões para ser feliz"... (Dom Luciano Mendes)  

Hoje, a prática de Jesus e dos primeiros cristãos continua presente agindo e se multiplicando na Igreja e no mundo por meio de nós. Esse Espírito de Jesus nos aponta o caminho e rompe barreiras geográficas, culturais e religiosas, mostrando que todos e todas somos filhos e filhas do mesmo Deus Pai-Mãe, presente nas alegrias, esperanças e desafios que nos provocam a tecer novas vivências, novos sonhos e abrir o coração para acolher a diversidade.

A interculturalidade nos desafia a valorizar, respeitar, acolher a diferença. Neste espírito de ousar novos passos na vivência missionária, cabe também destacar a generosidade da opção clara pelos pobres na Congregação.

Com a fraternidade, estou atuando na pastoral dos migrantes, especialmente com Haitianos, adentrando mais de perto nas atividades: aulas de língua portuguesa, grupo de artesanato, costura, participação das feiras do SESC e rodas de conversas. O migrante carrega no coração a esperança de encontrar melhores condições de vida, poder trabalhar para sobreviver e sustentar sua família.

Como Franciscanas buscamos viver o Carisma no cotidiano, nos pequenos gestos, na simplicidade, disponibilidade e alegria, sendo educadoras da fé e para a cidadania no meio do povo pobre, como irmãs do povo. A diversidade cultural me ajuda a perceber que é possível viver e conviver com o diferente e com as diferenças. Dentro dessa realidade também vivenciamos a experiência do ecumenismo, na prática com diversos grupos, onde participam pessoas de diversas confissões religiosas.

Aprendemos a valorizar sua cultura, religião, suas alegrias, sofrimentos e conquistas. Criamos um espaço aberto onde cada pessoa que chega, pode sentir-se bem acolhida e respeitada. Buscamos na luta contínua, a defesa da vida em todas as suas dimensões. Nesse trabalho, contemplo, admiro e agradeço às pessoas voluntárias que ajudam para que a missão de Jesus tenha continuidade.  "Comece por fazer o que é necessário, depois o que é possível e, de repente, estará fazendo o impossível" (São Francisco de Assis).

A Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas realiza ações diferenciadas conforme os espaços onde cada irmã atua. Graças a Deus, realmente são tantas experiências lindas que me levam a agradecer e reconhecer o amor de Deus que vai se revelando na vida e nos acontecimentos. E me faz ter o sentido de pertença à Congregação, como irmã catequista franciscana.  

Nessa alegria, quero também convidar você jovem, para conhecer e fazer parte desta família, somando no projeto de vida da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas.