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Publicado em Testemunhos
20 Janeiro 2014 Comments (1)
Processo Formativo na Missão

Sou Silvia Eugenia Morales, nasci na Bolívia - La Paz, na Comunidade de Palos Blancos e ingressei na congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas -Província Santa Teresa do Menino Jesus, no ano de 2009. Neste ano de 2013 sou Postulante e quero partilhar com vocês as vivências missionárias que foram significativas para mim.

“Eis-me aqui, Senhor! Eis-me aqui, Senhor! Pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor, pra fazer tua vontade, pra viver no teu amor. Eis-me aqui, Senhor”!

Esta grande comunhão de fé, esperança e amor me faz comprometida com a missão. Me alegro pela coragem de me colocar a serviço do Reino de Deus  e, assim fazer memória da minha vida e missão. Como aspirante vivi na Bolívia, Comodoro e atualmente, no postulado em São Gabriel da Cachoeira-AM.

Para mim missão é expressão da verdadeira fé testemunhada no amor de Deus através da participação e atuação nas Comunidades Cristãs e projetos assumidos em defesa da vida.

Atenta ao chamado de Deus e ao clamor do povo, as Irmãs Catequistas Franciscanas  assumiram a missão na Bolívia procurando dar sua contribuição na partilha da vida e missão junto ao povo de Riberalta.  Eu as conheci no ano de 2009 como vocacionada, morei com as irmãs Amália, Cláudia e Francinete e ajudei no grupo de Liturgia, Pastoral da Juventude.

Como Aspirante no ano de 2010, fui morar em Rondonópolis, MT-Brasil, na casa Santa Clara, com as Irmãs Isabel, Rosa Couto, Cristina Auxiliadora e as jovens aspirantes que já estavam lá. Tive a oportunidade de aprender o português, assumi a infância missionária juntamente com a jovem Kellen que hoje é aspirante.

Em Comodoro nos anos de 2011 e 2012 acompanhei a comunidade nossa Senhora Aparecida na catequese do crisma com os adultos não alfabetizados, lá descobri o quanto é importante ler e conhecer a Palavra de Deus. No ano de 2013, já como Postulante fiz a experiência em duas realidades bem diferentes: Na Vila Quitéria no projeto com as mulheres no artesanato e escuta da realidade de cada uma delas e, outro foi em Fátima de São Lourenço, trabalhei no sítio  na limpeza, plantio  e colheita dos frutos. Convivi com as irmãs idosas e participei das orações em fraternidade.

De Manaus seguimos para São Gabriel onde estou e ajudo o grupo de jovem, participo dos mutirões na comunidade Nossa Senhora Aparecida e na casa Irmã Inês Penha, o Projeto TUCUM, no artesanato com as mulheres indígenas elas trabalharam com tucum, fazem bolsa de todo tipo,são bem silenciosas, alegres e simples.

“Sou Missionária, sou povo de Deus, sou Índio, caboclo, mestiço, fazendo da vida missão”...

No mundo inteiro Deus clama por vocacionadas e evangelizadoras. Sinto que estou respondendo ao apelo de Deus do jeito de Francisco e Clara de Assis  darei continuidade na missão de Evangelizar, contando sempre com a irmandade.

Agradeço a Deus pelas comunidades e irmandades que me incentivaram e deram coragem com o seu Espirito missionário, de oração e estão sempre comigo. Estes exemplos de vida me motivam a fazer da minha vida doação para o  serviço do Reino de Deus.

“Louvado sejas, meu Senhor, louvado sejas, meu Senhor”...

Louvado sejas meu Senhor pela irmandade, pela dedicação no meu ensinamento da  fé,  pelo apoio na liberdade de opção de vida...

Sou missionária enviada para continuar a missão de Jesus que é anunciar a Boa Notícia no Caminho, minha alegria é poder ajudar as pessoas que mais precisam da Palavra de Deus.

Desafios: As diferentes línguas indígenas daqui de São Gabriel; não conseguir falar como o povo.

O que mais me sustenta na missão é a oração comunitária quando fazemos comunhão com nossa província, pessoas, jovens vocacionadas,  conosco que estamos vivendo a missão aqui em São Gabriel; a minha oração pessoal em que rezo pela minha vocação, minha vida, agradeço a Deus por ter me escolhido, por minha família, congregação e outras pessoas que me pedem oração. Rezo também pela realidade de São Gabriel em que meninas indígenas são violentadas, exploradas, pelos adolescentes dependentes químicos, as mulheres, mães que são cuidadoras das famílias.

 Aprendizagens: Nesse processo de Formação e vivência da missão eu sinto que levo uma vida de mais oração, aprendi a ser mais concentrada na vida fraterna, o quanto é importante o diálogo aberto com todas e o incentivo. Na vida Apostólica a perseverança nas pastorais; a formação me ajuda a fazer novas descobertas e a ter mais concentração e firmeza; no meu relacionamento grupal é o  diálogo aberto com todas, o incentivo a todas  na caminhada e a alegria, é um grupo de “comilança” e assim somos alegres e felizes. Em minha organização pessoal,  tempo que eu tenho procuro deixar em ordem as minhas coisas;  com a minha fraternidade, me deixo ser conduzida por elas e tratando sempre compreender, me sinto amiga de cada uma delas.   

Silvia Eugenia Morales