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17 Fevereiro 2015
Campanha da Fraternidade 2015

Igreja e Sociedade – Eu vim para servir (Mc 10,45)

A Igreja já realizou 50 Campanhas da Fraternidade (CF), desde a primeira em 1964 até este ano.  Muitos foram os temas e situações abordadas. Segundo o Padre Anesio Ferla, que realizou uma pesquisa obre as Campanhas da Fraternidade, num primeiro momento a Igreja olha especificamente sobre sua realidade. Doação, serviço e compaixão. Crescem muito neste período e reforça a idéia de renovação interna da igreja. De l973 a l984 a Igreja se preocupa  com a realidade social do povo, denunciando o pecado social e promovendo a justiça .  A partir de 1985 aos dias atuais os temas foram inspirados nos problemas existenciais do povo brasileiro.

Para o ano de 2015 o tema é abrangente e desafiador, convida para um olhar específico na história brasileira, sua caminhada em conjunto com a igreja e abraça muitas realidades.  De acordo com o Texto – Base da CF 2015, o objetivo principal é aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a sociedade, propostos pelo Concilio Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edificação do Reino de Deus.

Apontar as relações entre Igreja e Sociedade no Brasil desde a origem do cristianismo até o papel evangelizador dos leigos e leigas, perpassando pelos setores mais esquecidos faz com que seja observado  o apelo que o  Papa Francisco tem feito em prol daqueles  e daquelas que são descartados e descartadas  na sociedade. Ele pede que as comunidades se abram a este chamado, identifiquem esses grupos, sejam solícitas para com as pessoas e estruturem um trabalho com o apoio e experiência das pastorais sociais.

O texto-Base da CF 2015 lembra os ensinamentos de Cristo na organização social onde o sofrimento do povo, sem o amparo daqueles que deveriam servi-lo, enche Jesus de compaixão. Reforça o pensamento que para ser verdadeiro Cristão é preciso se colocar a serviço daqueles e daquelas que não tem voz e nem vez. De acordo com a Doutrina Social da igreja, que encontrou na Gaudium et Spes  um de seus pontos altos, a dignidade  da pessoa humana, o bem comum e a justiça social são critérios a partir dos quais a igreja discerne a oportunidade e o estilo de seu diálogo e de sua colaboração com a sociedade.

No entanto, não existe participação na sociedade se a Igreja estiver alienada politicamente. O Tema da Campanha pede um posicionamento que permita agir e questionar a atual situação das minorias no país. Para isto, por meio da CF, intercede para que as lideranças se apropriem de espaços de decisão como: Conselhos municipais paritários, Associação de Moradores, Organizações e Movimentos que tenham força de atuação na construção de políticas públicas.

Conforme o Texto-Base, o serviço prestado pela Igreja à Vida compreende a proteção ao ser humano, especialmente aos mais fragilizados, e aos seus direitos, universais e inalienáveis, como expressa na doutrina social. Para uma atuação neste sentido é urgente e necessário à busca incessante de formação e conhecimento baseado na fé e na política, embasados pela análise do contexto social e ciente dos prejuízos do capitalismo que incentiva o individualismo, o consumismo desenfreado, tirando o valor das VIDAS e aumenta o valor das coisas.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Marilete Rover e Lizandra Carpes