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23 Março 2015
Encontro para Coordenadores de Comunidade

De 10 a 12 de março aconteceu um encontro para coordenadores de comunidades pela CRB de Curitiba.

Participamos deste encontro, as Irmãs: Inês Mezalira, Ivete Téo, Maria Perini,  Tereza  Zardo e mais de 100 religiosos de inúmeras Congregações.

Os temas abordados foram: Uma VRC convocada à alegria da Evangelização e “O exercício de coordenação de comunidade nas pegadas de Jesus de Nazaré”.

Assessoram este encontro: Irmã Annette Havenne (belga) e Pe.Tomaz Hughes.

Destacamos alguns pensamentos que podem nos ajudar a entender, com mais profundidade, a missão de um animador de comunidades:

Todo grupo ou comunidade deverá ter em vista um objetivo comum, ou seja, a missão que lhe cabe, segundo o carisma fundacional. Deverá levar em conta uma organização que não vise apenas normas, mas o modo de como fazer as coisas, o modo de viver o cotidiano, atitudes e comportamentos, o que supõe um longo trabalho a ser construído, comunitariamente, mas que vale a pena.

Uma comunidade autêntica, não perfeita, supõe confiança, segurança e liberdade interior; os laços são mais verdadeiros.

Toda a liderança deve se fundamentar nos valores evangélicos. E entre esses valores o amor se destaca.

Achamos oportuno ilustrar o papel de um coordenador com os textos que seguem:

Repensar a liderança hoje

“Amo a ideia da vida religiosa como ecossistema. Um ecossistema é o que permite a floração de espécies raras, de estranhas formas de vida. Qualquer forma de vida estranha tem um ecossistema que lhe é próprio. Ser religiosa, é escolher uma forma de vida “estranha” e ela vai precisar de um ambiente que a sustente: oração, silêncio, comunidade. Senão, nós não poderemos desabrochar. Assim, um bom líder é um ecologista que ajuda os membros a construir os ambientes necessários ao seu desenvolvimento. Mas os ecossistema não são redomas que nos separam do mundo moderno, um ecossistema permite a uma forma de vida de desabrochar, mas também de reagir criativamente diante de outras formas de vida”. Radcliff,Timothy.OP

“O contexto no qual tentamos viver nossa condição de discípula mudou. Este é um tempo de caos e de nova criação. O Espírito de Deus paira sobre as águas. Estamos prestando atenção a esses movimentos que acontecem no meio de nós? Tomamos tempo para refletir juntas sobre o que acontece em nós, à luz da nossa consagração ao Deus de Jesus Cristo? Como compreendemos a nós mesmas? O que nos motiva para o ministério? O que nos afasta do núcleo central da vida religiosa? Os líderes conscientemente ou não, expressam por suas decisões e ações a visão operativa que tem a VRC, sua imagem de Deus, sua cristologia, sua atitude em relação às demais pessoas”. Ruffing Janet, RSM .

“A liderança transformadora é uma resposta impossível a não ser que a gente perceba que ela não é nossa obra e sim a de Deus.

Hoje em dia, o que se exige de um líder é, antes de tudo, que seja uma pessoa de intensidade espiritual. A liderança nos institutos de vida consagrada exige de nós muito mais do que o senso da administração e do marketing... Ser líder é lidar com arte de reanimar os desejos profundos dos membros, capacitá-los para atender os chamados de Deus, sonhar realizações, responder com zelo e compromisso aos apelos discernidos. Sobretudo, é uma oportunidade de ser instrumento da presença constante de Deus e do chamado à missão”. Fries, André, CPPS

Ressaltou-se que o vigor de uma comunidade se define no modo de viver o cotidiano e que a verdadeira motivação que nos leva a nos trabalhar para aprender uma liderança servidora é aquela que se enraíza nos valores evangélicos. Entre esses o amor se destaca como valor primordial “Amai-vos uns aos outros como eu vos amei”. E para Jesus, uma das marcas deste amor fraterno é o serviço. E, conforme, Paulo “O amor é serviçal

Irmãs, Concluímos com alguns questionamentos que iluminaram momentos de interiorização:

- Servir é ajudar a outra a sentir-se gente e a integrar-se. Ajudar a outra a acreditar no que tem de bom dentro de si e a erguer-se.

- Como a tentação do poder se manifesta em nossas comunidades religiosas?

- Meu cuidado gera apego ou integração na comunidade?

- Minhas irmãs saem erguidas de uma conversa comigo?

- Nossa convivência nos faz sair do egoísmo e cuidar dos pobres?

Assim, todas somos convidadas a repensar nosso modo de ser e conviver na fraternidade para torná-la expressão da vontade de Deus. Quaresma é tempo oportuno!

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Maria Perini, pelas participantes.

Comentários  

#3 eliza schafaschek 26-03-2015 14:34
Muito bem, irmãs! Sejamos "artistas" na animação de nossas fraternidades para sermos sempre mais irmãs.
Ir. Eliza
#2 IRIA MINOSSO 25-03-2015 17:47
Muito bom. Que alegria poder compartilhar algo que diz da essência de nossa vida> Serviço, sensibilidade, liberdade, confiança, diálogo e partilha!
#1 Marilete Rover 24-03-2015 22:12
Gostei. Vamos caminhando com alegria e esperança.
Abraços.
Ir. Marilete

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