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13 Junho 2015
“Não deixe a profecia cair” (Dom Helder)

Com os objetivos de: Fortalecer a missão profética da Vida Religiosa Consagrada (VRC), especialmente daquela que está nas fronteirasdo mundo, onde as vidas são mais ameaçadas; Articular iniciativas e realizações da VRC do Brasil na perspectiva da Justiça, Paz e Cuidado da Criação, potencializando interações e parcerias, sobretudo com talentos humanos de diferentes gerações e Criar uma equipe de articulação nacional, a CRB Nacional promoveu o Encontro Nacional de Justiça, Paz e Integridade da Criação (JUPIC), nos dias 04 a 06 de junho, em Brasília.

Frei Rodrigo de Castro Amdée Péret (OFM) nos ajudou na análise de conjuntura dando destaque a alguns aspectos da realidade: o mundo é, predominantemente, urbano e policêntrico; Nova relação velocidade X tempo; Conhecimento: cada um/a utiliza o conhecimento que possui a partir dos valores que agrega; Comunicação: novas configurações entre emissor-receptor; Pluralismo dos sentidos; Mudança em relação à religião: personalismo que se dá a partir da experiência; Desafio que brota dos movimentos sociais e povos minoritários; Sustentabilidade como um eixo; Modificação no conceito de ambiente: não mais meio, mas como um todo e como comunidade de vida; Refazer a compreensão de Terra; superar a compreensão estática para uma compreensão viva e dinâmica; Questão da espiritualidade como consciência de que somos partes de um todo; Noção de humano como ser integrado com a natureza; Aspecto mercadológico da inclusão, desvinculado da dimensão humanitária. E nos interpelou: Que tipo de sonhos temos para nós? Que tipo de sociedade, de mundo, de vida, de relações estamos sonhando hoje? Não seria necessário repensarmos nossos referenciais de análise e construção de lutas?

Frei José Fernandes, OP, nos brindou com a rica reflexão sobre a justiça, paz e integridade da criação: um desafio para a VRC, hoje: uma abordagem missionária. Como horizontes teológicos fomos agraciados/as com o rico texto: “Crer, lutar e esperar: Horizonte teológico e espiritual da justiça, paz e integridade da criação”, do irmão Afonso Murad (Em anexo – textos na integra). Com relação ao princípio do cuidado na perspectiva da espiritualidade franciscana Irmã Maria da Paz de Jesus, destacou que devemos partir de um princípio que norteia a humanidade na sua dimensão tridimensional: 1. Nós somos éthos (Ήθος), isto é, a casa do coração, a casa da nossa identidade, da nossa sacralidade mais íntima, do nosso núcleo, do nosso centro, do nosso mais puro “eu sou”. A nossa forte subjetividade.  2. Nós somos ética (Ηθική), e isto significa a casa dos nossos valores, virtudes e princípios, a nossa dimensão relacional e fraterna. 3. Nós somos  óikos (ΟΙΚΟΣ), a casa do mundo, do circundante, a nossa consciência e vivência planetária. O olhar a partir da Mística (muien, mistikós), o olhar profundo que penetra o interior de todos os seres e da realidade. O olhar que desvela o Ser que nos faz ser. O Ser que tudo sustenta e tudo governa.

Em grupo fomos partilhando nossos sonhos, nossas buscas, nossos desafios e nossa presença profética como Vida Religiosa Consagrada no imenso território brasileiro. Éramos um grupo de setenta e um religioso/a e três leigos representantes de vinte e dois Estados brasileiros. Da congregação participaram as irmãs Carmela Panini e Ivonete Gardini.

Indicamos algumas frentes de presença missionária em que a CRB, como instituição deve participar com o foco de JUPIC, entre eles: Questões rurais e fundiárias, apoiando e fortalecendo as ações/atuações do CIMI e das congregações, pela demarcação, regularização das terras indígenas, quilombolas, pequenos agricultores e assentamentos; Questão do tráfico em geral; Mapeamento das ações já existentes para somar forças com organizações e organismos (CPT, MST); Trabalhar o tema “Justiça, Paz e Integridade da Criação” em todas as etapas da formação; Participação da CRB como conselheira no segmento de usuário nas conferências, nos conselhos de direito; ou como incentivadores e formadores. A CRB poderia participar tanto como conselheira no segmento dos usuários e também como formadores destes; Assumir a proposta do Papa Francisco: “Nenhuma família sem casa, nenhum camponês sem terra, nenhum trabalhador sem direitos”.

O encontro foi avaliado como muito positivo pela riqueza das reflexões, partilha das experiências e por perceber que a VRC mantém acesa a chama da Profecia e o compromisso com os que estão nas fronteiras do mundo, onde as vidas são mais ameaçadas.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Ivonete Gardini

Comentários  

#2 Enedir 16-06-2015 14:25
Nos anima e dá esperança quando sentimos esta preocupação de fazer do ambiente onde vivemos um ambiente de VIDA e esperança, continue nos mandando estes textos e parabéns pela participação.
Enedir
#1 Perciliana 14-06-2015 23:48
Obrigada Ivonete pela partilha, muito os textos.

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