No dia 06 de setembro de 2015, celebramos o centenário da Congregação na comunidade Valada São Paulo, Paróquia Nossa Senhora Aparecida, Bairro Canta Galo, Rio do Sul, SC. Nesta ocasião, o pároco Padre Lino Anderle fez a bela reflexão que segue:

Início do mês da Bíblia, Centenário das Irmãs Catequistas Franciscanas...

Nesta celebração, programada para este primeiro domingo do mês da Bíblia, queremos comemorar o Centenário das Irmãs Catequistas Franciscanas. Por quê? Uma das razões é porque aqui, na Valada São Paulo, as Irmãs se fizeram presentes durante muitos anos.

Gostaria de saber quem de vocês frequentou a escola no tempo em que as Irmãs lecionavam aqui na comunidade. Por favor, fiquem de pé. (Muitas pessoas se levantaram). Pergunto: quais são as lembranças que mais marcaram suas vidas? Lembranças boas, naturalmente...

Certamente a presença e a atuação das Irmãs, naquele tempo, foi valiosa. Valeu!!!

Elas se preocupavam não só com o ensino escolar, mas também com os ensinamentos e a vivência da fé cristã. Nos domingos, a presença na recitação do terço era uma necessidade, um hábito, e quando não havia Missa dificilmente alguém faltava. Bons tempos aqueles, em que se respirava um ar de fé cristã!

Se assim me expresso, é por experiência própria. Vivi a minha infância num ambiente em que a prática da religião era a coisa mais sagrada do mundo, e a família a instituição mais querida, amada e respeitada. Não fosse assim, eu não teria seguido a vocação para o sacerdócio. Nem mesmo as Irmãs, que aqui estão representando a Congregação, teriam abraçado a vida religiosa.

E aqui abro parêntesis para dizer: numa sala de aula, na segunda série, ouvindo uma história de um vocacionado de nome Celito – história contada por uma Irmã Catequista, de feliz memória, Ir. Clélia –, senti o despertar da vocação.

Passados três anos, ingressei no Seminário. Ao sair de casa, naquele memorável dia em que, ao me despedir da família, fiquei emocionado, eu poderia ter entoado a canção que só mais tarde eu aprendi, canção do Padre Zezinho:

Por escutar uma voz que me disse que faltava gente pra semear, / Deixei meu lar e saí sorrindo e assobiando pra não chorar. / Fui me alistar entre os operários que deixam tudo pra te levar. / E fui lutar por um mundo novo: não tenho lar, mas ganhei um povo.

De maneira semelhante, as Irmãs devem ter sentido o desabrochar da vocação num ambiente favorável. Planta boa não vinga em terra árida. Como eu, alguém deve ter influenciado na vocação, porque Deus chama, mas se serve das pessoas para concretizar seu chamado. Elas também, olhando para o passado menos remoto do que o meu, poderiam cantar ainda hoje: “Um dia escutei teu chamado, divino recado batendo no coração. Deixei deste mundo as promessas e fui bem depressa no rumo de tua mão”!

Homenageando as Irmãs aqui presentes, queremos estender nossa homenagem de gratidão a toda a Congregação, que neste ano comemora o seu Centenário.

A vocês, Irmãs Diva, Isabel e Cecilia, e às postulantesAlice e Andressa, uma breve e singela mensagem:

Irmã, você assumiu a missão mais importante que Jesus confiou à Igreja: a Evangelização. Numa sociedade em que os verdadeiros valores nem sempre são levados em conta, é muito bom encontrar pessoas que, como vocês, se dispõem a colocar a mensagem do Evangelho para crianças, jovens e adultos. A missão que Jesus confiou aos apóstolos, de fazer discípulos todos os povos, hoje confia a vocês que ouviram o chamado, divino recado batendo no coração, a vocês que deixaram deste mundo as promessas e foram depressa no rumo da tua mão.

Por isso, não esmoreçam em sua missão. Vão em frente, “mesmo que soprem ventos contrários”, como dizia Santa Paulina. Não esqueçam: Cristo está com vocês, pois ele mesmo falou: “Eis que eu estarei com vocês todos os dias, até o fim do mundo” (Mt 20,28).

Pe. Lino Anderle

Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Canta Galo, Rio do Sul, SC