No dia em que o povo brasileiro comemora o Nossa Senhora Aparecida, fui celebrar esse dia na Comunidade Jaboti, onde habitam os povos Indígenas Wapichana - em companhia das Irmãs Vicentinas e Pe. Albano – Jesuíta!
Foi um dia muito fecundo, vivenciado com muita reverência e compaixão, pois a fome e a miséria ainda são uma constante na vida dessa etnia e de tantas outras. Infelizmente esse é o rosto dos nossos povos Indígenas pelo Pais e América Latina afora.
Uma figura muito importante que refletimos lá, além da pessoa de Nossa Senhora Aparecida, foi da profetiza Ester, essa jovem de origem judia, sua presença na vida do povo judeus foi de grande relevância, sua presença humilde e corajosa ao mesmo tempo, fazia alcançar graças a ponto de persuadir o rei. Depois de encontrar forças e orientação, através do retiro que fizera, sua presença firme e solidária em favor dos Judeus, fez com que o Rei que queria destruí-los, desistisse do proposito de mata-los, então, as estratégias usadas por Ester para ajudar o povo a viver foi extraordinária.
Diante da figura dessa grande mulher, Pe. Albano proferiu suas palavras para a comunidade, dizendo que temos de encontrar também caminhos para a situações de sofrimentos, nostalgias e mortes que enfrentamos no hoje de nossa história, e assim ir devolvendo a vida em abundância para o nosso povo sofrido, como fez Ester, pois esse é o plano de Deus à tantas mulheres e homens, que, através da compreensão do projeto de Deus que é defender a vida, doaram suas vidas sem reservas.
Hoje, completando 51 anos de nossa presença, as Irmãs Catequistas Franciscanas no Nordeste e 15 anos de Província Irmã Cléglia Ánesi, fazendo uma retrospectiva dessa caminhada, quantas conquistas temos a celebrar, a exemplo de Ester e de tantas outras mulheres, nossas irmãs, que foram luz, irradiaram, ajudaram a vida ressurgir..., mas também temos grande reflexão a fazer diante de tantas jovens e irmãs que entraram conosco, apostaram no sonho e depois tiveram que partir, mudar de rumo, recomeçar a vida, sonhar outros sonhos, qual a razão dos nossos desânimos, nostalgia, perda de elã...Esse tempo em que estamos comemorando 100 anos de vida e missão, somo convidadas a reacender nossas lamparinas, pôr querosene, reavivar a chama que no coração ainda está latente, vamos em frente minhas irmãs! Que Tuminkery, Deus na língua no povo Wapichama, interceda por nós!
Que nossa Mãe Negra Aparecida, onde fomos também celebrar nosso centenário, nos acompanhe, nos abençoe e nos mostre novos horizontes nos próximos anos rumo ao segundo centenário.
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