De 22 a 29 de fevereiro tive a graça de fazer uma pequena experiência de missão com as Irmãs Lucia Gianesini e Adriana Ines Nones, junto aos povos indígenas em contexto urbano, da grande São Paulo.
Nesse tempo tivemos vários contatos com os diversos grupos indígenas existentes na capital. Isto me deu uma nova visão e uma nova consciência a respeito dos nossos irmãos e irmãs indígenas.
O maior aprendizado para mim foi o jeito simples e bonito como vivem entre si, como são solidários/as, como vivem o dom da partilha, apesar de possuírem tão pouco. Partilham com as pessoas que visitam as famílias, ainda que sejam só uns coquinhos, trazidos da aldeia. São muito gratos às irmãs e demais pessoas, que ao se despedir, ainda ao longe, as mulheres e as crianças continuam abanando.
Na aldeia encontramos uma indígena grávida. E sabem quem vai ser madrinha quando a criança nascer? A Irmã Lucia! Não adiantaram desculpas. Claro que a madrinha, além do bom exemplo e da ajuda moral, sempre faz algum agrado. Não é? Claro que eu também me comprometi em arrumar roupinhas para o enxoval do bebê.
Um fato me deixou triste: nessa mesma aldeia havia também uma criança doente. Fiquei sabendo depois, que ela faleceu. A pobreza e o descaso da saúde pública, especialmente em relação aos indígenas, não ajuda muito na hora da fragilidade.
Passar alguns dias em São Paulo significa ter muitas oportunidades. Para mim, que nunca tinha ido lá, a novidade começou pelo andar de metrô. Durante esses poucos dias pude, juntamente com as irmãs Lucia e Adriana, participar de uma palestra com Leonardo Boff sobre a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016 – Casa Comum: nossa responsabilidade, promovida pela Paróquia São Francisco.
Outro seminário do qual participamos, com a mesma temática da CF/2016, promovido pela Igreja-Povo de Deus em Movimento, da Zona Leste, foi assessorado pela antropóloga, diretora do IBASE e participante do SINFRAJUPE/RJ, Moema Miranda. Nessa ocasião os/as indígenas fizeram a mística de abertura – dança do Toré, enfocando sua cultura e a realidade como vivem, complementando com diversas falas dos próprios indígenas.
A convivência com as irmãs Lucia e Adriana foi muito boa. São duas pessoas maravilhosas, com uma capacidade incrível de acolhida! Com elas tive oportunidade de conhecer a Praça da Sé e a famosa Avenida Paulista.
Meu recado para os grupos de simpatizantes do carisma francisclariano é que valeu a pequena a experiência e sonho com novas oportunidades.
Se alguém tiver essa graça, só terá a ganhar! Aproveite!
Agradeço à equipe de dinamização dos grupos e à Província Imaculado Coração de Maria. Não é todo mundo que dá essa chance que as irmãs estão nos proporcionando.
Às Irmãs Lucia e Adriana, um agradecimento grande e muito carinhoso!
A todas as irmãs e simpatizantes, meu abraço!
Comentários
Fico feliz pela caminhada que vem fazendo, pela busca de formação para crescimento pessoal e partilha com quem convive e trabalha. Admiro sua ousadia e coragem em superar obstáculos, dentre eles o medo e timidez. Vai em frente minha irmã!