Nos dias 10 a 12 de junho realizou-se o primeiro Seminário de partilha de carismas em Santa Catarina. O seminário foi preparado e orientado pela equipe de coordenação da CRB Regional de Florianópolis, em resposta à prioridade da CRB Nacional que, desde 2007 vem assumindo a Intercongregacionalidade e a Partilha de Carismas com leigos e leigas, e que, entre as prioridades 2013-2016 assumiu: Fortalecer a intercongregacionalidade e proporcionar a Partilha de Carismas e experiências, buscando maior leveza institucional, em vista da missão.

Estiveram representados os carismas das seguintes congregações: Catequistas Franciscanas, Franciscanas da Santíssima Trindade, Franciscanas de São José, Franciscanas Missionárias de Maria Auxiliadora, Irmãs da Divina Providência, Maristas, Salvatorianas/os, Lassalistas, Cônegas de Santo Agostinho, Escolares de Nossa Senhora, Irmãs de Nossa Senhora, Irmãs da Sagrada Família, Irmãs Sacramentinas, Rogacionistas, Filhas do Divino Zelo e Ordem do Carmo.

As Irmãs Maria Diva, Maria Aroni e a simpatizante Neide Cattani representaram o carisma pela Província Santa Clara de Assis; Romilda Weinrich e simpatizantes Marilea Sestren, Luzia Fistarol e Armando Ferrari, pela Província Imaculado Coração de Maria.

Dom Severino Clasen como presidente da Comissão do Laicato junto à CNBB, assessorou o seminário, trazendo um desdobramento do Documento Nº 105 da CNBB, aprovado na última Assembleia Geral, em abril deste ano: CRITÃOS LEIGOS E LEIGAS NA IGREJA E NA SOCIEDADE.

A celebração dos 50 anos de conclusão do Concílio Ecumênico Vaticano II, as conferências do episcopado latino-americano e a eclesiologia renovadora do Papa Francisco motivam a igreja institucional a dar atenção especial à ação evangelizadora que os cristãos leigos e leigas desempenham na Igreja e na sociedade.

O documento, juntamente com a carta do Papa Francisco ao presidente da pontifícia comissão para a América latina, também bastante abordada pelo assessor, são um grande incentivo para os leigos e leigas. Os que participaram do encontro saíram entusiasmados e dispostos a estudar o documento em suas comunidades. Oxalá encontrem eco junto à hierarquia.

Sabe-se que não foi fácil a aprovação do texto, pois a intenção é reconhecer que, Chamados pelo Batismo e pela Crisma ao seguimento de Jesus Cristo, os leigos e leigas assumem a responsabilidade de serem sujeitos na Igreja e na Sociedade: sal da terra e luz do mundo. E isto não soa bem para muitas de nossas lideranças eclesiais. Apesar de ser usado no interior do documento, o termo “sujeito” não foi aprovado no título do documento.

Vale a pena tomar conhecimento do texto e incentivar o estudo com os/as leigos/as em nossas comunidades.