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19 Agosto 2016
Ritual na Comunidade Indígena Mamaindê

 

Defesa da vida, dos direitos e dos territórios

 

O povo Mamaindê, nos dias 09 e 10 de agosto, na aldeia Central, Mato Grosso, reuniu todos os seus pajés e comunidade em geral, para se unir a todos os pajés do Brasil, nesta grande corrente de rituais em defesa da vida, dos direitos e dos territórios, invocando os espíritos de todos os guerreiros e guerreiras para intensificar a luta:

 

*  Pela Rejeição da PEC 215/00;

*  Pela Demarcação das Terras Indígenas;

*  Por melhores condições na saúde, educação e condições de vida;

*  Pelo reconhecimento dos povos que lutam por ser reconhecidos pelo estado brasileiro;

*  Pelo respeito ao povo Guarani Kaiowá;

* Pelo respeito aos territórios dos pescadores artesanais e demarcações dos territórios quilombolas.

Elizabete Mamaindê, pajé, envia uma mensagem a todos os governantes e responsáveis por defender os direitos dos povos indígenas, nas três esferas do estado: executivo, legislativo e judiciário “nós povo Mamaindê somos os donos verdadeiros desta terra. Foi Deus mesmo que deixou prá nós, não comprada com dinheiro. A terra é nossa mãe e nos vamos defender a nossa mãe... vocês fazem um monte de lei e coloca no papel, não serve prá nada, vocês não cumprem o que vocês mesmo fazem... Ninguém vai comer dinheiro, a gente precisa a terra prá poder comer e alimentar nossos filhos. Vocês brancos derrubam toda a floresta, mata a água do rio, acaba com tudo, só pensando em dinheiro, não pensa que a terra precisa ser cuidada...”

Manifestamos nossa indignação e repúdio:

               * Contra o Marco Temporal;

               * Contra os assassinatos de lideranças pelo Agronegócio;

               * Contra a importação de commodities agrícolas e minerais do Brasil;

               *Contra as invasões dos territórios indígenas, por: madeireiros, fazendeiros, mineradoras e grandes empreendimentos;

                * Contra a municipalização da saúde indígena.

A liderança Manoel Mamaindê, coloca que a situação que os povos indígenas vivem já chegou ao limite do descaso dos três poderes de estado e agravando desta forma a violência contra os povos indígenas de todo o Brasil, “ano a ano temos nossos territórios sagrados violados e invadidos, sem que seja tomada alguma providência, até quando isso vai acontecer... Nós não vamos desistir da luta, lutaremos e resistiremos sempre. Temos pajés forte, que combatem conosco e se une a outras pajés na defesa dos nossos direitos”.

Exigimos respeito a nossa cultura, a nossa organização politica, social e religiosa, a supressão da PEC 215 e a demarcação imediata de todos os territórios indígenas.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Povo Mamaindê
  • Enviado por: Irmã Laura Vicuña

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