Iniciamos o segundo dia (04/09/16) do VII Conselho Plenário Geral com o momento orante que nos inquietou e nos provocou a refletir sobre: estamos realmente felizes com nossa opção? O que estamos fazendo para superar as nossas crises? Irradiamos e contagiamos as pessoas com nossa alegria?

   Neste dia dedicado ao aprofundamento a assessora, Irmã Virma Barion, da Congregação das Irmãs Carmelitas de Vedruna, apresentou uma leitura da avaliação das Linhas Inspiradoras e dos Projetos Marco do Centenário. Leitura feita “desde fora e desde dentro” nos chamou atenção para priorizar a ação missionária e ter coragem de “passar o manto”, destacando três atitudes a partir da experiência do profeta Elias:

      1. voltar pelo mesmo caminho;

      2. eleger pessoas que possam levar adiante o projeto de Deus;

      3. passar o manto para que a outra dê continuidade à missão profética.

A assessora reforçou que é necessário viver intensamente a vida, tendo ciência de que tudo o que é humano é finito. Porém, há luzes no caminho.

A síntese da avaliação revela que um grupo vê a realidade “grávida” de vida, porém, há uma dialética entre querer avançar e as forças reduzidas. Considerou também a importância de ter presente que a Vida sempre se reinicia, se recria...; é preciso ter atenção aos “novos” chamados...; ser sinal de santidade, ser reserva de esperança que alimenta sonhos; cultivar a mística de olhos abertos e de olhos fechados e cuidar da adoração e do serviço, tendo presente que a adoração verifica-se no serviço às pessoas e ao planeta. E nos provocou: será que nos damos conta de que a realidade mudou? Para que e para onde a sociedade precisa de nós hoje?

É preciso acreditar no NOVO e sentirmo-nos parte do Projeto Comum, acolhendo a miséria humana e caminhando no Tempo de Deus, mantendo o profetismo e saboreando a beleza da vida. Um processo participativo e conjunto frente ao grande apelo de nossa organização-coordenação faz-se necessário, e é preciso fazê-lo mesmo que devagar, porém, sem parar. Precisamos de um “projeto político-missionário, construído coletivamente que ajude a clarear: onde estamos, onde queremos chegar e que estratégias usar”.

O dia foi iluminado com o texto bíblico da mulher sirofenícia (Mc 7,24-30). O qual nos provocou a perceber os passos a serem dados e concretizados da melhor maneira possível, tendo presente que tanto Jesus quanto a mulher estavam saturados e cansados. Deste cenário de saturação foi possível uma desconstrução e o nascer do novo. Jesus e a mulher vivem uma situação de risco e de fronteira à qual ajuda a gerar um momento novo e uma metodologia simultânea.

Irmã Virma orientou para um tempo de reflexão individual tendo em conta o momento em que estamos vivendo como congregação e a reflexão do dia: como nos sentimos diante da busca do novo? O que é preciso “deixar ir”? O que “deixar vir”? - perceber o que Deus quer de nós neste momento.

Encerramos o dia com a celebração da Palavra evidenciando o momento penitencial.

“Eis que estou fazendo uma coisa nova! Eis que vem surgindo a luz na madrugada”