“A quem enviarei? Eis-me aqui, Senhor, envia-me”
Neste dia mundial das missões nosso canto é de louvor pelo dom da vocação missionária e pelo sim corajoso de tantas mulheres e homens que consagram suas vidas no serviço ao Reino de Deus.
“Debaixo do céu há momento para tudo e tempo certo para cada coisa. Há tempo para nascer, crescer...plantar e construir. Tempo para chorar e tempo para se alegrar e edificar o amor e a paz”.
O tempo agora nos convoca ao cuidado da vida, da Casa comum. Há muitos gritos e clamores emergindo do nosso chão.
Somos chamadas e chamados a assumirmos nosso compromisso batismal: anunciar o Reino de Deus encarnado no amor de Jesus em pessoa, no meio do povo, repartindo o pão com os famintos e devolvendo a vida e a dignidade das pessoas excluídas.
Hoje a realidade nos desafia a viver esta mesma missão no meio do povo e com o povo assumindo o compromisso de cuidar da vida humana e do planeta.
Ao narrar a obra da Criação, o livro do Gênesis afirma: “Deus viu que tudo era muito bom” – Gn 1,31. O Projeto do Criador é maravilhoso, mas a sua obra está ferida e machucada pela maldade humana.
Como franciscanas temos a obrigação de sermos guardiãs da criação, construindo em nosso dia a dia relações de irmandade com todas as criaturas.
Acredito que as ações que realizamos em defesa da natureza e o compromisso com a educação socioambiental, são formas de anunciar a Boa Nova do Reino em nossos dias. E, segundo o papa Francisco, na ótica da ecologia integral, essas ações são fundamentais para a construção de uma sociedade mais humana e para garantir a vida e sobrevivência do planeta.
Nós, que dedicamos à pastoral da criança, estamos mudando os hábitos corriqueiros de servir refresco em copos comum, evitando o uso de descartáveis, bem como o uso de sacolas plásticas.
Contudo, para seguirmos adiante na missão de cuidar da vida que está ferida e ameaçada precisamos revigorar nossa fé, somar forças com instituições e grupos que acreditam que “outro mundo é possível” e, sem medo, “remar contra a correnteza” solidárias às pessoas que vivem nas margens, mas que lutam por um futuro melhor.
O Papa Francisco em sua mensagem para o dia das missões nos convida a olhar a Missão "como uma grande e imensa obra de misericordiosa quer espiritual, quer material." Que seja essa nossa atitude.
Nossa comunhão hoje se estende a todos os missionários e missionárias que entregam suas vidas no anúncio do Reino em diferentes realidades.
Com gratidão a Deus recordamos o testemunho corajoso de cada irmã catequista franciscana e dos simpatizantes do carisma.
Que o Deus da Vida desperte sempre mais vocações missionárias para que a Boa Notícia do Reino chegue a todos os povos e culturas.
Comentários
Paz e Bem!
Eliza