Nos dias 5 e 6 de julho de 2017, na sede da Província Santa Teresa do Menino Jesus, em Rondonópolis, MT, realizou-se o Seminário sobre Diaconia, assessorado por Irmã Maria Lunardi, da coordenação geral, com a participação de dezoito Irmãs Catequistas Franciscanas.
Após a acolhida e a organização, orientadas pela Irmã Francisca Francis Pereira, foi feita a oração e colocado o objetivo do Seminário que está na Linha Inspiradora deste sexênio: “Recriar o carisma e ressignificar nossa diaconia, vida fraterna, formação, organização e assumir a gestão profética dos bens, a partir da missão”.
Neste Seminário viemos resgatar a vivência dos 102 anos de história, tomar consciência do presente e projetar a vivência para o futuro; trocar nossas experiências e ressignificar nossa diaconia.
Um painel vislumbrou os múltiplos espaços de nossa diaconia, desde os serviços internos, aos mais diversificados espaços externos e isto nos oito países onde atuamos.
No início da Congregação, a compreensão de diaconia consistia na educação, como instrução e na doutrina para as crianças, abrangendo o ministério do cuidado da vida, o ensino religioso, alunos, famílias, doentes, juventude... Com o Concílio Vaticano II, a compreensão foi somando, não sem dificuldade, os serviços pastorais, fora da educação oficial. E quando foram assumidas as pastorais sociais, houve supervalorização deste novo campo de atuação, depreciando as que continuavam na escola e na paróquia, tidas como diaconia que “não transforma”. A este novo campo de atuação, somou-se o “ser missionário” e missionárias em outras regiões do Brasil e além fronteiras; espaço urbano, com novos serviços, novos sinais e novos desafios. As Irmãs Catequistas avançaram e a missão mudou em relação ao espaço geográfico e em sua metodologia; houve crescimento na compreensão, integrando os diferentes campos de atuação em vista de atingir o ser humano em todas as suas dimensões.
Disponibilidade e simplicidade é a característica da Congregação. Persiste a mentalidade de que às irmãs se pode pedir qualquer tarefa. Embora nos questione não deixa de revelar disponibilidade.
Hoje, o desafio é redescobrir a força missionária e profética do jeito francisclariano de viver, que inclui muito mais do que o serviço prestado. A época de crise e de incertezas que estamos vivendo, pode ser o melhor momento para repropor o projeto originário da VRC, pois o sucesso desta pode levá-la ao risco de cair na lógica do mundo e sofrer um terrível processo de paganização. Os tempos de hoje, são, pois, de purificação e retomada do essencial. Há que tomar consciência de que nossa missão vem de Deus. Um Deus que tem um amor que não se contém que transborda que sai de si, que se comunica. Deus realiza sua missão através da ação do seu espírito, chamando a Igreja a participar. Ela deixa de ser missionante (aquela que envia) para tornar-se missionária (enviada); não mais como dona, mas como humilde serva da missão.
Os grupos sintetizaram o seguinte sobre diaconia: como franciscanas, assumimos o serviço da Educação e Catequese, em resposta aos clamores de cada realidade, tendo em vista os mais vulneráveis. Adotamos a pedagogia do Mestre, de Francisco, Clara e de Paulo Freire que é inclusão, escuta, diálogo, participação, comunhão e libertação.
Na avaliação destacou-se que o resgate histórico sobre Diaconia, feito da Fonte à realidade atual, despertou o interesse pela leitura dos livros de nossa história. Foi momento de despertar e de retomar a caminhada, momentos de gratidão por todas que contribuíram na construção de nossa história. Hino de louvor pelo processo histórico que vivemos e a capacidade de dar novos passos.
Irmã Maria Lunardi foi presença leve e alegre e soube conduzir o encontro com segurança. Levamos para nossas irmandades a sugestão de criar o cantinho da Diaconia, com livros para leitura e outros possíveis materiais.