busca com Francisco como melhor chegar as periferias do mundo
Dia 15 de Setembro, já no período da manhã, muitas pessoas se preparavam para chegar ao sítio onde fica localizada a residência dos Frades Menores Capuchinhos, à Rua dos Carneiros, Km 9, Estalagem, Município de Viana. Fomos chegando aos poucos, e no final da tarde quem conseguiu chegar já estava. O encontro foi agradável, ambiente agradável, grupo de participantes agradável…
À noite, após uma bela apresentação dos/as participantes dinamizada por irmã Nilza Laurentino, um grupo de 28 pessoas, irmãs e sementes do carisma (simpatizantes), entre os quais a mãe de irmã Álcida, estávamos ali.
Motivados/as pela mensagem do Evangelho de Lc 6, 43-49 a qual diz que os atos revelam a pessoa, a boca fala do que o coração está cheio, e que para bem falar é preciso fazer silêncio, para tanto íamos fazer esta experiência de retiro, este grande encontro com a vida.
O tema: “Ser educador/a na perspectiva francisclariana”, sob a simpática assessoria de irmã Terezinha Antônia Sotopietra, com o jeitinho que lhe é peculiar, nos conduziu ao deserto de nós mesmos/as, para através dos passos da pedagogia de São Francisco de Assis, que acreditou profundamente no amor misericordioso de Deus, penetrarmos na profunda experiência das relações humanas no amor.
Por meio da reflexão do tema, pudemos perceber que falar do educador/a na perspectiva francisclariana é falar de irmandade, que tem como pressupostos o respeito a individualidade da pessoa estabelecendo relações empáticas, a fim de que pela escuta e diálogo se torne possível aprimorar a percepção de que toda criação é criatura de Deus e que a pedagogia de São Francisco deveria ser o modo de ser de cada pessoa, no que concerne ao relacionamento seja com alunos/as seja com os filhos/as, o esposo/a com os colegas, coirmãs…
Pudemos perceber que não obstante a nossa individualidade, deve-se buscar conhecer a história e os dons da pessoa, tentar fazer estes dons frutificarem, dado que toda aprendizagem vem do olhar contemplativo que se tem.
Uma série de vídeo-filmes foram nos transportando para conhecimento de diversas histórias e metodologias de como se trabalhar questões difíceis. Nos mostraram os vários encontros que teve São Francisco. O encontro consigo mesmo, com o pobre, com Jesus, com a criação…,mas foi o encontro com o leproso que acrisolou “a misericórdia que manifestou o vivo amor que ardia em seu coração”. Os questionamentos e os fortes momentos de experiência e mística do retiro nos fez compreender que educar não é apenas ensinar o A,B,C, mas procurar transmitir a essência da vida embasada no amor, na fraternidade, na inclusão, na fé, esperança…
Enfim, pudemos perceber os desafios nos impelem a buscar, o desejo de concretizar sonhos nos interpela, impulsiona, faz o coração continuar a arder e as muitas alegrias nos levam a continuar nossa missão com fidelidade até o fim.
Nós, as sementes do Carisma das Irmãs Catequistas Franciscanas, estamos muito agradecidos/as pela grande oportunidade que nos deram de juntos/as participar deste momento tão rico e desinstalador. Pedimos que o Senhor nos dê a graça da perseverança e que a fidelidade na missão seja a expressão de uma esperança tão forte que nos transforme e transforme a sociedade e cresça a alegria em nossa vida por saber que como educador/a chegamos as periferias onde se encontram as pessoas tidas como descartáveis e ali pudemos transformar o amargo em doce.