O Papa Francisco nos dá um grande presente! Dedicou a nós Leigos e leigas este ano de 2018, iniciando agora em 26 de novembro de 2017, dia de Cristo Rei a novembro de 2018, como um tempo especial para crescermos na consciência da nossa identidade e na missão que temos na Igreja e na sociedade.

Pela primeira vez, a Igreja, de forma especial, nos conclama a ter clareza de nosso papel como Leigos e Leigas, com nossos diferentes dons, carismas, serviços e ministérios. É necessário compreender o nosso papel de discípulas e discípulos missionários, e que no contexto familiar, na Igreja e na sociedade, possamos ser testemunhas da nossa fé, da nossa esperança e da caridade fraterna.

Somos convidados a abrir-nos mais à vida do Evangelho, como também sermos presença indicadora do AMOR de DEUS por nós, de nós para nossos irmãos, e, em especial, àqueles que não conhecem a Palavra de Deus e seus ensinamentos. Este convite, também é um chamado para que saiamos de nossa zona de conforto e nos coloquemos de corpo e alma, a descobrir os caminhos da ternura, a disposição para aprofundar conhecimentos e fazermos a experiência de nos olharmos como sujeitos eclesiais, seguidores apaixonados por Jesus Cristo.

O ano do Laicato deve sim, nos empolgar e fomentar a agradável expectativa, de que com a presença do Espírito Santo, possamos assumir nosso papel como Igreja, não somente como participantes intra igreja, mas como sujeitos atuantes na ação transformadora deste mundo cheio de injustiças.

Que este ano sejamos despertados no desejo de estudar mais, de animar nossas irmãs e irmãos desanimados, de buscar aqueles que estão acomodados em suas questões individuais, que nos reunamos mais e sejamos essa “Igreja em saída”, que vai ao encontro do irmão, o acolhe e o envolve na caminhada de fé.

Que este ano seja o tempo oportuno para dizermos não a muitas ideias preconcebidas, e, em especial à cultura do descartável, à globalização da indiferença, à exclusão, à desigualdade, ao pessimismo e ao mundanismo espiritual. Que não nos deixemos roubar o nosso entusiasmo missionário e que ir ao encontro do irmão seja a maior alegria e a grande esperança de um mundo mais solidário, mais irmão.

Nossa vocação, como cristãos leigos e leigas estará firme na rocha do Senhor, quando nos entendermos e formos entendidos como sujeitos eclesiais, com vez e voz na dinâmica da Igreja, nas decisões, através dos Conselhos de Leigos, Pastorais, econômicos e Comunitários, sempre em união harmoniosa com nossos Padres e Bispos.

Somos sal da terra e luz do mundo! Somos portadores da graça batismal, participantes do sacerdócio régio que se baseia na fraternidade, na irmandade, na dignidade de todos enquanto família de DEUS. (DOC 105)

Que este ano nós possamos vencer a ideia de que somos “católicos, mas não leigos”. Somos corresponsáveis com a nossa igreja, com a evangelização dos povos, com nossos irmãos necessitados, com as visitas aos doentes e com o anúncio do Reino a cada um que está sem rumo. Nada pode nos tirar o protagonismo de ir ao encontro do outro, de sermos luz para os irmãos.

Que este ano seja um ano para estudarmos juntos e individualmente o nosso jeito de ser Igreja na própria Igreja e na sociedade! Deus nos abençoe!