O Natal é a festa da família, principalmente das crianças. O Natal nos comunica que Deus surge como uma criança. Ele não julga; só quer receber carinho e brincar, dando leveza à vida, enchendo o mundo de Paz e Esperança.
Sobre a visita de Maria a Isabel, o Papa Francisco enfatiza: “A vinda de Jesus naquela casa, por meio de Maria, criou não somente um clima de alegria e de comunhão fraterna, mas também um clima de fé que leva à esperança, à oração, ao louvor”.
O Catecismo da Igreja Católica nos recorda, com certa poesia, como foi o nascimento dessa criança que hoje aniversaria: “Jesus nasceu na humildade de um estábulo, no seio de uma família pobre. As primeiras testemunhas deste acontecimento são simples pastores. E é nesta pobreza que se manifesta a glória do céu. A Igreja não se cansa de cantar a glória desta noite:
Hoje a Virgem dá à luz o Eterno
e a terra oferece uma gruta ao Inacessível.
Cantam-no os anjos e os pastores,
e com a estrela os magos põem-se a caminho,
porque Tu nasceste para nós, pequeno Infante.
Deus eterno!" (CIC 525).
Nesta festa – diz Leonardo Boff – vamos olhar com os olhos do coração e não apenas da razão, que é fria, insensível. Vamos regatar os direitos do coração: deixar-nos comover como as crianças, sonhar e nos encher de ternura diante da Divina Criança que sentiu prazer e alegria ao decidir ser um de nós pela encarnação.
Hoje, quem sabe, precisamos imitar os magos que procuraram arduamente encontrar Jesus e, ao achar, se encantam e agradecem. Celebremos esta festa com gestos de acolhida, agradecendo por todos os momentos em que deixamos Deus Criança nascer em nós. Permitamos que o novo aconteça porque Ele está conosco, dando-nos a capacidade de atravessar com fé e sem perder a alegria os momentos mais dolorosos e difíceis, os desafios e as inquietantes buscas deste momento. Assim, poderemos viver o Nascimento de Jesus de uma nova maneira, que possibilite continuar com mais ardor nossa vida-missão a serviço do Reino.
Convido a acolhermos com simplicidade a mensagem do poeta Fernando Pessoa, tão atual para celebrar o Natal: “Ele é a eterna criança, o Deus que faltava... Ele é o divino que sorri e que brinca... É a criança tão humana que é divina”.
Deus Menino encha de Paz a Terra, abençoe cada lar, cada criança e cada um/a que segue Jesus Cristo, na maneira de Ser de Clara e Francisco de Assis, e vive o Carisma da Irmã Catequista Franciscana.
Feliz Natal!