“Vocações que anunciam a alegria do Evangelho

e o amor de Deus”.

Na Festa da Apresentação do Senhor, a Igreja celebra o “Dia Mundial da Vida Consagrada: vocações que anunciam a alegria do Evangelho e o amor de Deus”. Este “é dia de agradecimento e da oração pelo dom das vocações”. A Igreja reconhece e proclama: “milhares de religiosos e de religiosas acolhem o dom da vocação, com alegria e disponibilidade, nos múltiplos carismas, que em sua vida buscam o rosto de Deus, comprometendo-se a construir a paz e a fraternidade [...]”. (Congregação para IVC e as SVC).

 “Entre outros benefícios que temos recebido e ainda recebemos diariamente, e pelos quais temos que agradecer, está a nossa vocação”. (TestC 2)

O Cardeal Dom João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para IVC e as SVA afirma que, “Vivemos um tempo da história humana, necessitada de um sentido vocacional da vida. Precisamos de um projeto, de uma fonte de sentido existencial, repleto de alegria e de esperança [...]. “Nós, consagrados e consagradas, somos herdeiros do patrimônio vocacional e carismático da Igreja e sentimos a alegria e o dever de protege-lo e promove-lo”. Portanto, “celebrar o Dia Mundial da Vida Consagrada é ocasião de festa, de compromisso e de súplica ao Senhor pelo dom das vocações que renovem o rosto da Igreja e do mundo, que anunciem a alegria do Evangelho e amor de Deus, que dá sentido à existência”.

A vocação dos consagrados e consagradas, nos fala o Papa Francisco, é “missão – em conformidade com cada carisma – aquela que nos lembra, que somos convidados a ser fermento na massa concreta”. O “ser fermento na massa”, é “estarmos conscientes da transformação multicultural” e chamados a estarmos “inseridos com Jesus na vida, no coração dessas grandes transformações [...]”. Assim, a missão de “colocar Jesus no meio do seu povo significa ter um coração contemplativo, capaz de discernir como é que Deus caminha pelas ruas de nossas cidades, das nossas terras, de nossos bairros [...]”; “significa ocupar-se e querer ajudar a levar a cruz de nossos irmãos. É querer tocar nas chagas de Jesus nas chagas do mundo, que está ferido e anela e pede para ressuscitar [...]”.

O “colocarmo-nos, com Jesus no meio do seu povo é sentir o desafio de descobrir e transmitir, a ‘mística’ de viver juntos. Misturar-nos, encontrar-nos, dar o braço, apoiar-nos, participar nesta maré um pouco caótica [...], que “pode transformar-se numa verdadeira experiência de fraternidade, numa caravana solidária, numa peregrinação sagrada”. Pois, “acompanhar Jesus que vem ao encontro do seu povo é viver no louvor e na serenidade, [...], na paciência de quem confia no Espírito do Senhor dos sonhos e da profecia”, no “compartilhar o que nos pertence: o cântico que nasce da esperança”. (cf. Homilia do Papa Francisco de 02/02/2017).

Na homilia de Todos os Santos (01/11/2013), o Papa nos lembra: “a vocação, é sempre iniciativa de Deus, a nós cabe deixarmo-nos encontrar, alcançar e transformar pela verdade, que é Cristo. É caminho do discipulado e luz no caminho da Igreja. Este caminho tem um nome, uma face: a face de Jesus Cristo”. Indica a “oração como fonte da fecundidade” da vocação e da missão dos consagrados e consagradas: “o vosso coração se mantenha unido ao de Cristo, cheio de misericórdia e amor” [...] E em outro momento  nos convoca a “acolher e levar o abraço de Deus: Encontrar o Senhor que nos consola como uma mãe, a consolar o povo de Deus” [...], “a renovar e qualificar com alegria e paixão a vocação para que o ato totalizante do amor, seja um processo contínuo” (Papa Francisco, “Autênticos e Coerentes” – Roma 06/07/2013).

Este dia é um convite para agradecermos o dom do chamado à vida consagrada e para rezarmos pelo surgimento de vocações que anunciem com alegria o evangelho.

Irmãs, “saiamos às pressas ao encontro da vida”, com alegria, exalemos o perfume do amor no cotidiano de nossa missão.