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13 Março 2018
Escola de Formação Política em Rondonópolis/MT

Nos dias 10 e 11 de março de 2018, na sede da Província Santa Teresa do Menino Jesus, realizou-se mais uma etapa da Escola de Formação Política. Os temas foram: Análise de Conjuntura Sócio-Política-Econômica e Diferentes Formas de Organização da Sociedade. Participaram 36 lideranças,trabalhadores/as do campo e da cidade. Segue uma síntese da síntese do que foi refletido e discutido:

Análise de conjuntura – Assessor: Wendel Girotto - No mundo todo nota-se um crescimento da extrema direita (fascismo, nazismo...) e isso reflete em nosso país. Essa semana houve eleições na Itália: Quem venceu foi a direita fascista do Berlusconi... Há golpes em curso em países da América Latina como no Brasil, Argentina, Bolívia, Venezuela, etc.

O discurso da direita fascista é favorável ao agronegócio e está ganhando força; os jovens, parte deles, acredita que Bolsonaro faz um discurso bom, de resolver na bala.

O golpe não foi contra Dilma ou PT, mas foi para impedir que novamente governos de orientação popular venham a assumir a direção do país.

No Brasil, o que o governo Temer fez? - Reforma trabalhista: O presidente Michel Temer sancionou a nova lei da terceirização em 2017, ou seja da  precarização do trabalho. Essa lei visa lucro para os "poderosos", que são a minoria do nosso país (1% detém 80% da riqueza); é um descaso com os menos favorecidos.

Além disso as inúmeras PEC caçando direitos dos indígenas, da terra, das águas... A reforma da previdência foi uma derrota momentânea para o governo; a Intervenção militar no Rio de Janeiro (16.02.2018) como cortina de fumaça para um recuo na Reforma da Previdência.

Eleições 2018: No cenário atual, destacam-se: a perseguição a Lula e o isolamento do PT; e o crescimento do discurso fascista.

Para mudar essa realidade é necessário o fortalecimento do trabalho de base; formação política permanente, planejando as ações da esquerda, para as mobilizações de massa.

Organizações Sociais e Políticas na Sociedade - Assessor: Cristiano Apolucena Cabral fez a exposição do tema. A sociedade está organizada em infraestrutura e superestrutura – embasada no capital e na força de trabalho. Os capitalistas detêm os meios de produção que são a terra, as máquinas, as indústrias, os bancos...  As pessoas usam a força de trabalho para cultivar a terra, transformar a matéria prima e assumir o setor terciário (educação, atendimento à saúde, comércio, etc).

Dentro desse processo, há a separação entre a mão de obra e os donos do capital que se apropriam da mais-valia (renda da produção), não pagando o valor justo pelo investimento da força de trabalho. Os donos da capital ficam sempre mais ricos e a força de trabalho sempre mais pobre. Além disso, há uma divisão hierárquica e econômica entre homem x mulher; negro x branco; doutor x trabalhador braçal.

 A superestrutura criou mecanismos (instituições) para a manutenção da infraestrutura, que são o legislativo, o sistema educacional, a força repressiva (polícia) para defender o sistema.

O grande ídolo do sistema capitalista são os bens econômicos sempre mais acumulados. Para manter o sistema funcionando, o capital, precisa do consumo; para consumir precisa vender e para vender precisa fazer a cabeça das pessoas. Daí uma grande massa inconsciente da sociedade que “para ser reconhecido/a socialmente, precisa usar tal marca de roupas, calçados, trocar o carro, o celular pelo último modelo, etc. etc.” Este sistema condiciona nossa vida, de forma tal que nem percebemos; condiciona os horários, os gostos, as opções mesmo que tenha que se abster do que é essencial para a vida, como uma alimentação saudável.

Como estou agindo? Para a manutenção da sociedade ou para a sua transformação?

A organização social luta para a manutenção desta estrutura vertical do sistema. A ação da Igreja, (católica) influencia a organização da sociedade. Hoje o papa Francisco em seus escritos insiste e testemunha com sua vida, uma igreja voltada para os pobres. D. Juventino da Diocese de Rondonópolis acolheu o 15º Intereclesial das Comunidades eclesiais de Base para o ano 2022 sendo criticado por conservadores por ter feito essa acolhida. A igreja, dentro das suas diversas organizações, tem força politica para reorganizar a sociedade; mesmo o nosso grupo de Formação Política, apesar das diferentes posições e divergências ideológicas.

As organizações e os movimentos sociais têm que se unir, se reorganizar, assumir seu papel na sociedade e também cada um de nós tem a responsabilidade de questionar e mostrar como se posiciona contra o sistema. Mas como fazer uma pauta única, se nós não estamos preparados para lidar e dialogar com as lutas de classe (de negros, sem terra, indígenas, mulheres, LGBTs, etc)?

É importante termos estratégias para conscientizar o povo. O trabalho de base é um processo de formação, vivência, convencimento. Um caminho para atingir o nível de consciência do povo é trabalhar com a insatisfação. A insatisfação está ligada às estruturas, naquilo que atinge a vida das pessoas. O que move as pessoas são as necessidades objetivas (trabalho, terra, casa, etc) e subjetivas (prazer, bom relacionamento, saúde, autoestima).

Concluiu-se com a proposta: Trazer para a próxima etapa de 27 e 28 de maio um levantamento: Que organizações existem no seu bairro, ou comunidade? Como elas trabalham? Qual é a ação dessas organizações e quais são as urgências das mesmas?

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Anita David

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