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03 Junho 2018
“Ouvi o Grito que sai do chão”

Dia 05 de junho, mais uma vez, como franciscanas, tendo como referência Francisco de Assis estamos sendo convidadas a voltar nosso olhar, coração e ouvidos para o meio ambiente e ouvir o grito que sai deste chão sagrado.

Como é do nosso conhecimento, para Francisco tudo o que manifestasse vida merecia o amor e respeito. Via na natureza uma maneira do ser humano se aproximar de Deus. Compreendeu a“interdependência da humanidade com a natureza”. Esta compreensão fazia com que ele mantivesse relações fraternas com tudo a sua volta, considerando-os seus irmãos, suas irmãs, como expressou no Cântico das Criaturas. Reconhecia a importância de cada coisa criada, as respeitava e até chegava a recomendar a seus irmãos que, “no convento, se deixasse sempre uma parte do horto por cultivar para aí crescerem as ervas silvestres, a fim de que, quem as admirasse, pudesse elevar o seu pensamento a Deus, autor de tanta beleza”.

O Papa Francisco na Laudato Si assim se expressa a respeito do Santo de Assis:  “era um místico e um peregrino que vivia com simplicidade e numa maravilhosa harmonia com Deus, com os outros, com a natureza e consigo mesmo. Nele se nota até que ponto são inseparáveis a preocupação pela natureza, a justiça para com os pobres, o empenhamento na sociedade e a paz interior” (L S 10).

Constatamos que de Francisco de Assis até os dias atuais a consciência e o respeito ao meio ambiente não evoluíram o suficiente a ponto de fazer parte dos programas governamentais. Observamos que “estas situações provocam os gemidos da irmã terra, que se unem aos gemidos dos abandonados do mundo, com um lamento que reclama de nós outro rumo. Nunca maltratamos e ferimos a nossa casa comum como nos últimos dois séculos (LS 53).

O cenário político brasileiro passa por momentos cada vez mais delicados. Parece que neste período da história do Brasil os políticos perderam completamente seus parâmetros éticos.

Presenciamos o aumento do desemprego, da inflação. As conquistas sociais, sendo cortadas para satisfazer o desejo dos investidores estrangeiros. Esta política de serventia ao capital estrangeiro atinge com mais força, especialmente os quilombolas, ribeirinhos, povos das florestas, os indígenas, as famílias de menor renda e consequentemente o meio ambiente, natureza, se encontra neste pacote.

Vivemos diante do capitalismo neoliberal mundial, que para alcançar seus objetivos, não levam em consideração o sacrifício dos povos forçando a migração, a destruição em massa através de geração de conflitos entre etnias, nações.

O papa em sua carta Laudato Si faz o apelo e ao mesmo tempo nos desafia a mobilizarmo-nos na proteção da nossa casa comum e a unir toda a família humana na busca de um desenvolvimento sustentável e integral (13). Podemos nos perguntar, como fazer isto? Inúmeras iniciativas, tanto individuais como coletivas já são uma realidade. Como nós, Irmãs Catequistas Franciscanas nos incluímos e somamos para que nosso planeta seja respeitado, cuidado como um bem precioso, presente do Criador a humanidade?

Estamos como Congregação, num momento privilegiado, rever nossa organização em vista da nova reorganização para responder melhor as demandas da missão. Aqui cabe também esta pergunta: “qual é o nosso lugar ou função neste Planeta?” (cf. www.cicaf.ogr - Dia do Meio Ambiente - Profecia da Terra – 05/06/17)

Como Religiosas, Franciscanas somos “chamadas a tornar-nos os instrumentos de Deus Pai para que o nosso planeta seja o que Ele sonhou ao criá-lo e corresponda ao seu projeto de paz, beleza e plenitude. Que toda a natureza, as culturas e povos sejam acolhidos, respeitados e amados” (LS 53).

Emprestemos nossa voz para que a natureza e os invisíveis da sociedade possam se tornar visíveis e serem ouvidos. Sejamos as mensageiras de esperança, levando luz em nossos olhos, a inquietude aprisionada em nossas mãos e a intranquilizante força de Deus em nossas palavras.

Fiquemos atentas aos sinais de Deus. Ele pode se manifestar no gesto de uma criança que oferece-nos uma plantinha com um cartãozinho pedindo: “Quer transformar o seu ambiente um lugar com mais qualidade de vida? Seja você mesma a parte dessa transformação: PLANTE ESTA ÁRVORE"!

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Marilde Zonta

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Marlene dos Santos e Rosali Ines Paloschi.
Arte: Lenita Gripa

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