“Obrigado pela vossa presença e por nos ajudardes a ver mais de perto, nos vossos rostos, o reflexo desta terra. Um rosto plural, duma variedade infinita e duma enorme riqueza biológica, cultural e espiritual” (Papa Francisco aos Povos Indígenas)
Dando continuidade a reflexão da Campanha da Fraternidade de 2018 a Arquidiocese de Campo Grande, por meio do GT Povos Indígenas (O grupo de trabalho é formado por representantes da Pastoral Indigenista, a Conferência de Religiosos do Brasil (CRB), do Conselho Indigenista Missionário, do NEPPI da UCDB, do Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (CEBI) e da Comissão Regional de Justiça e Paz -CRJP) realizou no dia 28/08/2018, na UCDB, um seminário para refletir sobre a realidade de violência sofrida pelos Povos Indígenas no Mato Grosso do Sul, e ao mesmo tempo, propor alternativas para a superação da mesma.
Participaram do seminário representantes dos povos indígenas que vivem no Mato Grosso do Sul: Kinikinau, Kadiwéu, Terena, a Guató, Atikum, Guarani Kaiowá.
Participaram também missionárias e missionários que atuam junto aos indígenas e diversas pessoas do GT. De nossa congregação participaram as irmãs Cristina Souza, Zélide Paeze, Maria de Fátima Pádua, Ana Pereira de Macedo, Rigoberta Ye’pario Mota Duarte e as duas postulantes: Yasmim Pirõdhio Mota Duarte e Girlaine Almeida da Silva.
No Mato Grosso do Sul se concentra a segunda maior população indígena do país e que sofre constantes situações de violência. A busca conjunta de caminhos para superar a violência contra estes povos originários é uma urgência.
Foi marcante o ritual de abertura realizado pelo povo Kaiowá da aldeia Itay, e em seguida, o povo Atikum fez uma homenagem ao grande patriarca de seu povo, Sr. Aliano José Vicente, que este ano deixou esta terra e foi para junto dos encantados.
Durante a programação tivemos várias mesas. No relato sobre a realidade dos povos indígenas do MS participaram da mesa os indígenas: Eliseu Lopes, Guarani Kaiowá, professora Ana Sueli e Alcinda Tibério do povo Terena; na mesa sobre apontamentos para a superação da violência sofrida pelos povos indígenas do MS participaram o Dr. Marco Antônio Delfino de Almeida – MPF de Dourados, Drª Neyla Ferreira Mendes da Defensoria Pública e Matias Benno Rempel do CIMI/MS. Foi significativa também a contribuição do Padre Justino Sarmento Rezende do povo Tuyuka/AM sobre o Sínodo Panamazônico e também a exibição de partes do Documentário Martírio pelo autor do filme, o indigenista Vicent Careli.
Com os diversos povos indígenas nós refletimos, cantamos a esperança e sonhamos um mundo mais justo.
Do seminário nasceu uma carta dos povos indígenas do MS presentes à sociedade, vejam o anexo.