“Saber esperar sabendo, ao mesmo tempo forçar
a hora daquela urgência que não permite esperar”
O texto de Ez 37,1-14 introduziu de forma criativa e impactante a reflexão sobre o tema do dia: Análise de Conjuntura. Para a reflexão desse tema contamos com a assessoria do Sr. Edimilson Shienello, CEBI/MS e doutor em Bíblia e apoiador da causa indígena. Ele participou do momento da mística e já abriu o diálogo a partir dos sentimentos do grupo em relação ao cenário das caveiras/esqueletos sem vida espalhados pelo chão. “Meu senhor Javé, será que esses ossos poderão reviver”?
Durante o diálogo, Edimilson suscitou o desejo de que partilhássemos elementos de vida que percebemos na nossa atual conjuntura, pois é preciso saber enxergar a vida, o belo que está em meio às sombras. No conjunto da partilha foram trazidos com gratidão a luta pelo cuidado e preservação da Casa Comum, a resistência dos povos, o compromisso de que seremos resistentes, sempre! ‘Ninguém vai soltar a mão de ninguém’, pois, a esperança alimenta um sonho. A determinação de que “diga ao povo que avance, avancemos” convoca também a nós, a alimentar a esperança e crescermos na Ousadia lembrando que: “Faz escuro, mas eu canto”!
No período da tarde, Irmã Eurides Alves de Oliveira conduziu na dinâmica da Leitura Orante, um tempo de deserto. Rezar a ousadia profética da Vida Religiosa Consagrada, a realidade e buscas da Província quanto à MISSÃO-FORMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO à luz do ousado encontro com a mulher Siro-fenícia com Jesus. Mt 15,21-28.
O Capítulo é um tempo de Deus, um “Kairós” na vida da Província, da Congregação. Há tempo de fazer memória, tempo de olhar, tempo de escuta, tempo de potencializar criativamente as forças e tempo de refazer as opções, firmar-se no essencial, solidificar a pertença e comprometimento com o grupo e o projeto comum. “Denunciar a morte Divina Ruah! Anunciar a vida Divina Ruah/ Com mais ousadia assumir a missão”
Foi muito profundo e iluminador o momento da partilha celebrativas, que culminou com a realização das prévias para a eleição da nova Equipe de Coordenação.
À noite, dedicamos um tempo especial para rever a modalidade de coordenação compartilhada que experimentamos no quadriênio. o grupo destacou o que foi novo e aspectos significativos que marcaram: a circularidade na equipe e nos serviços em todas as instâncias, a comunicação, reciprocidade, corresponsabilidade, a descentralização - Não ter uma ministra Provincial e a unidade na diversidade.
Queremos continuar ousando novos passos na forma de coordenação compartilhada a partir de nossas irmandades. E assim foi o quarto dia.
Comentários
Fraterno abraço com ternura, Adriana