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09 Janeiro 2019
...E o caminho se faz!

“O Senhor vai acendendo luzes quando vamos precisando delas’’

Nos dias 04 a 06 de janeiro de 2018 em Curitiba-PR, na “CASA Paz e Bem”,aconteceu o encontro formativo da Província São Francisco de Assis. Os temas abordados foram a iniciação à vida cristã, repasse do Capítulo Geral e continuidade da elaboração do “Projeto Missionário”. Iniciamos num clima orante, alegre, de acolhida mútua de todas e cada uma das irmãs.

Iniciação à vida cristã é um processo através do qual a pessoa vai experimentando o mistério de fé em Jesus Cristo, envolvida pela ação do Espirito Santo. Uma passagem para um novo modo de viver e que leva a uma transformação pessoal no seguimento a Jesus Cristo. Uma caminhada na qual a pessoa é iniciada a viver no modo de Cristo. Ela percorre este caminho como discípula, aprendiz e seguidora. Na iniciação cristã, a Palavra de Deus, o essencial é o Verbo feito carne.

Neste caminho, é preciso ter humildade para ouvir e entender as moções do Espírito Santo e mais, se requer de cada evangelizador/a uma profunda e sincera conversão pessoal, amor e fidelidade a Jesus Cristo. Nós, como Irmãs Catequistas, também somos convidadas a nos sentir neste processo de crescer na formação permanente, fieis ao projeto de Jesus para compreender e responder aos atuais desafios de nosso tempo.

“O Senhor vai acendendo luzes quando vamos precisando delas’’, foi o refrão que ressoou em nosso coração, desde a manhã no segundo dia do encontro no qual fomos ouvindo o relato, sentindo a vida e tomando consciência do caminho, proposto pela XXIV Assembleia Geral. Irmã Lurdes Favretto deu a conhecer todas as equipes de trabalho que colaboraram para tornar possível a realização da assembleia, bem como a nova equipe do governo geral para o próximo sexênio.

A análise de conjuntura assessorada pela professora Marilene Maia, da Unisinos de São Leopoldo RS, foi muito valiosa. Na reflexão ela perguntava: que realidade sonhamos? Que realidade vivemos? Politização religiosa, reforço da desigualdade, crise socioambiental, esgotamento da imaginação política, entre outras. O mundo atual sofre a falta de pensamento pensante. É necessário cultivar o pensamento pensante a partir da solidariedade. Nas nossas práticas priorizar o trabalho em redes, organizar grupos, rever nossos espaços para nos fortalecer. Não nos deve preocupar - o número de irmãs (somos menos), a reorganização da congregação, a mobilidade humana. Superar a uniformidade e reconhecer a riqueza na diversidade que somos como congregação.

Na tentativa de uma organização humanizada e humanizadora o grupo trabalhou sobre os três desenhos possíveis da reorganização, frente aos apelos da missão. Refletiu- se sobre as vantagens e desvantagens de cada modelo. Neste caminhar faz- se necessário entrar na dinâmica da escuta, do luto e das perdas. Salvamos o grupo à medida que assumimos as perdas que irão aparecendo no caminho. Este é um processo de respeito, porque avança, não pela maioria, mas pelo consenso.

A elaboração das Linhas Inspiradoras foi precedida por uma manhã de deserto, reflexão e discernimento na companhia das profetizas Ruth e Noemi. Elas serão a lamparina para o próximo sexênio. É motivo de alegria a elaboração do Itinerário de Formação apresentado numa metodologia mistagógica.

Iluminadas pelo relato da conversa de Francisco com Frei Leão, a assembleia explicitou em que consiste a perfeita alegria no nosso cotidiano: acolher o fracasso, abdicar da vontade, acolher as surpresas de Deus, os imprevistos de cada dia. A assessora sugeriu algumas atitudes importantes no decorrer do processo reorganizativo: perdoar-se e perdoar; controlar a ansiedade; investir na comunicação interpessoal.

Tivemos o repasse das Linhas Inspiradoras, das decisões necessárias para o andar do processo organizativo e das Opções que nos comprometem neste sexênio. A assembleia teve um momento muito significativo, na celebração eucarística de encerramento, pois esteve recheada de muitos símbolos que são motivos de alegria pela caminhada intercultural que estamos fazendo como grupo. Nosso rosto de irmãs catequistas está mudando por incluir irmãs de diferentes culturas, raças e cores.

No terceiro dia do encontro nos debruçamos sobre a reelaboração do Projeto Missionário feito em mutirão, já iniciado a partir do mapeamento. Após a leitura da contribuição de cada núcleo, feita em cada fraternidade e núcleo nos perguntamos – que queremos?

Queremos um texto que nos ajude a sentir-nos um grupo missionário. Sentir- se missionária onde se está, com sua companheira de fraternidade missionária, independentemente da idade, da saúde, e do que faz ou deixa de fazer. Sentir-nos identificadas como missionarias no terreno onde pisamos. Assumir nossa vida e missão (o que fazemos e somos) tendo claro nossa opção eclesiológica, mistagógica e querigmatica. Somos convidadas a ressignificar o que é singular, especifico, próprio do ser irmã catequista franciscana. E sugerimos alguns passos: aproveitar as sugestões dadas nos núcleos. Estar atentas as propostas do último capitulo geral. Deixar o Projeto em aberto para possíveis retomadas no próximo capitulo provincial. Fazer o caminho de maneira querigmatica, mistagógica e participativa, com avaliação processual do próprio projeto.

Terminamos o encontro agradecidas ao Deus pelo dom do Carisma que sempre nos impulsiona a fazer a diferença especifica, na Igreja, onde estamos como Irmãs Catequistas Franciscanas.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmãs Maria Perini, Paulina Felippi e Eliza Schafaschek

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