"Sede bons administradores da multiforme graça de Deus" (cf. I Pd 4,10).
Cada irmã deve empenhar-se na própria formação, recomenda a nossa Forma de Vida (art. 74). Neste espírito de atualização e crescimento, as irmãs: Ana Salete Vick, Bernadete Buffon, Cristina Auxiliadora Arruda Vieira, Evanilda Junker Cavalheiro, Lurdes Favretto, Maria Diva Schiochet, Nair Izoton, Rita Oechsler e Rosa Heinzen, nos dias 16 e 17 de maio de 2019, participaram do V Seminário de Formação Social Administrativo-Econômico para as Organizações Religiosas, em Curitiba, PR, organizado pela CRB, Regional de Curitiba.
Com base no documento Economia a Serviço do Carisma e da Missão, da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica (Documento da Igreja, n. 48), o seminário foi muito inspirador, lembrando a cada consagrado(a) que o serviço administrativo nas nossas entidades sempre deve ter como centro Jesus Cristo e o seu projeto de vida.
Enfatizou que o que define a Vida Religiosa Consagrada-VRC é o serviço segundo o carisma, dom que Deus concede à Igreja, para servir ao povo de Deus. Três pontos são essenciais na VRC: a) Manifestar que somos seguidores(as) do Senhor; b) Testemunhar que somos discípulos(as) de nossos fundadores(as) quando mantemos o essencial do carisma; c) Promover o diálogo com a cultura do momento. A herança do nosso patrimônio espiritual e econômico deve servir para que não se perca o carisma.
Dom João Braz de Aviz, prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, que colaborou na assessoria, exortou a todas(os) dizendo: “nós precisamos recuperar o olhar com que Deus nos olhou no momento do chamado pessoal e como comunidade de vida consagrada. Isso cada um(a) de nós sabe qual é. Como os apóstolos, somos chamados(as) à itinerância e a contar o que vimos e ouvimos (cf. At 4,20). Nossa economia e a administração dos bens deve contar/anunciar que somos discípulos(as) do Mestre Jesus e o fazemos com a inspiração primeira do carisma”.
Dr. Hugo Sarubbi Cysneiros, nos fez perceber que estamos vivendo no mundo, com uma realidade que exige de nós a aplicação de regras “mandatárias”, isto é, nos obriga a obedecê-las. Mas provocou a todos(as), dizendo que, mesmo aplicando-as às nossas organizações, devemos sustentar e garantir sempre os princípios e os valores do carisma. Então, devemos buscar conhecimento e produzir conhecimento relacionado às organizações às quais pertencemos.
É bom lembrar que Jesus se encarnou na história e realizou sua missão a partir dela. Hoje nós estamos inseridos(as) na história e precisamos nos ajudar para encontrar soluções em favor dos mais pobres. Precisamos refazer o caminho de nosso carisma fundacional com as exigências atuais. Isso exige discernimento. Se perdermos o caminho do carisma, perdemos também a graça de vivê-lo e atualizá-lo. Onde a finalidade do carisma é reconhecida, a economia “se põe a serviço da profecia em um projeto concreto e eficaz”. É a economia com rosto humano.
Como diz Clara de Assis: "O Senhor que deu o bom começo, dê o crescimento e também a perseverança até o fim" (TesC 78).
Comentários