A diaconia cristã é sempre transformadora. É pela diaconia que Jesus se define a si mesmo,“O Filho do Homem não veio para ser servido mas para servir e entregar a sua vida pela multidão”.
Nos últimos dias 05 a 08 de julho, as Irmãs Catequistas Franciscanas, da Província Cléglia Ânesi, se reuniram num grande e fraterno encontro, para dialogar e discernir sobre a diaconia da província. Nessa ocasião celebramos o aniversário de 50 anos de vida doada de irmã Narides Margarida Marocco, na região nordeste.
Foi um tempo favorável, articulado e organizado pela assessora ir Lindalva Alves Cruz, e pelas irmandades, que carinhosamente trouxeram seu dever de casa bem apresentável. O encontro teve como tema: Ressignificar a Diaconia na Província Cléglia Ânesi: Um olhar a partir do planejamento estratégico.
Na primeira parte foram apresentadas os diversos serviços realizados pelas irmãs da província: Psicologia, Acompanhamento aos povos indígenas, Comissão Pastoral da Terra, Acompanhamento às mulheres quebradeiras de coco babaçu; Educação Formal, Assessoria Bíblica, Serviço de Animação Vocacional e Acompanhamento aos grupos de simpatizantes do carisma; Projetos Saber Cuidar, Criança Feliz, Educar para a Fé e Cidadania. Foram partilhadas também as reflexões sobre o processo de reestruturação da congregação. Após a apresentação de cada grupo a assessora com muita categoria, fez os desdobramentos daquilo que poderia ser mais aprofundado.
Ir. Lindalva trouxe presente a realidade sócio, política e econômica que vivemos em nosso país. Questionou: Como explicar a ausência de indignação na sociedade diante do desrespeito aos direitos humanos e à cidadania? Como explicar a desativação de mecanismos de controle social? Por que essa incapacidade para se perceber a gravidade da violação dos direitos dos outros? Como explicar que grupos carentes de cidadania ativa também ficam insensíveis em relação aos semelhantes? Falou ainda sobre a sociedade doente, democracia frágil, a relação entre justiça e exclusão moral, entre outros.
Assim, entre cantos e desencantos, chegamos ao final deste encontro, que muito nos abriu horizontes e desafiou. Frente a tudo isso, pedimos que a Santíssima Trindade celebrada nestes quatro dias de encontro, nos ensine a vivência fraterna, a comunhão e a participação em cada momento de nossa vida e missão. E que tudo o que ouvimos, refletimos e partilhamos continue fortalecendo nosso caminhar na unidade.