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16 Outubro 2019
Ressignificando minha presença!

 “Pregue o evangelho.

Se necessário, use palavras” 

(São Francisco de Assis).

 Quando falamos em chamado missionário, a ideia que nos vem à mente é sempre uma ideia de que para fazer missões, para ser missionário/a, precisamos sair de nosso país e ir para algum lugar pobre, ou pelo menos desprovido de condições de higiene. Isso é missão, porém, não expressa o todo da missão.

Esse conceito é limitado, uma vez que a terra é um grande campo missionário, independentemente de onde estejamos ou do que façamos.

Quando Jesus enviou seus discípulos em Marcos 16,15: “ide por todo mundo anunciando o evangelho”, Ele estabeleceu que todo discípulo deveria também ser um missionário­. “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelas pessoas. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” (Mt 5,13-14)

A verdadeira missão de todo cristão, é ser sal e luz na terra. Qualquer área de atuação em que estejamos pode transformar-se em um campo missionário quando entendemos esse mandato do Senhor. Existem pessoas ao nosso redor que jamais entrarão em uma igreja para ouvir o evangelho. O único evangelho que conhecerão será o lido em nossas vidas. Nosso exemplo sempre falará mais alto do que qualquer sermão que escutem a respeito de Jesus.“Pregue o evangelho. Se necessário, use palavras” (São Francisco de Assis).

Somos missionários/as!  Nenhum lugar é inapropriado demais para se fazer missões. Nosso olhar, porém, precisa ser ajustado. Eu, por exemplo, que estive no nordeste do Brasil, em Angola e no Paraguai, quando fui enviada a Aurora, SC, me perguntei: - Senhor, que queres de mim? - Que vou fazer aqui...? Depois de muita oração percebi que Ele não quer nada mais do que isso: Ser presença e procurar ouvir o clamor de cada pessoa que aqui vive e necessita de meu amor, de minha escuta, de minha doação, de minha misericórdia, de meu servir, a partir da minha atual fraternidade. E assim me coloquei: “Senhor, eis-me aqui! Faça de mim o que quiseres!”.

Estou convicta de que não importa em que região ou lugar geográfico estou, nem o quê, ou quanto eu faço, e sim, o como faço e com que espírito faço e vivo cada instante. Como sou. Que testemunho dou.

Não tardou, e veio logo algo concreto. Primeiro fui convidada por Irmã Carmela Panini para fazer parte da Equipe Solidária da Cáritas, ajuntando-me às quatro pessoas da comunidade de Aurora que trabalham na organização da Sala Solidária em Rio do Sul, duas vezes por semana, e ser presença com as Irmãs Carmela Panini e Rita Valdira Campregher de nossa fraternidade na Equipe de Apoio na preparação das refeições, nas assembleias, encontros, cursos e reuniões da Cáritas.

Em seguida, surgiu a necessidade da criação da Pastoral da Sobriedade e Grupo de Autoajuda, em Aurora, SC. Convidada, fui fazer o encontro de preparação de agentes para atuar nessa pastoral, juntamente com Irmã Carmela, e outras três pessoas da comunidade. Formamos assim a equipe que acompanha esta pastoral, com atendimento todas as segundas feiras, aos nossos irmãos e irmãs com dependência química ou outras.

A Pastoral da Sobriedade é um grupo de autoajuda que tem por objetivo: “Prevenir e recuperar da dependência química e outras dependências, a partir da vivência dos 12 passos do ‘Programa da Vida Nova’ baseado na Palavra de Deus e na Pedagogia de Jesus Cristo Libertador”.

Ela me faz experimentar a misericórdia de Deus em cada pessoa que humildemente se coloca diante do grupo, pedindo auxílio. Há casos em que o indivíduo se encontra numa situação que nem podemos imaginar de rejeição, de perda de sentido da vida, de exclusão total... Mas, movido pelo convite e acolhida de alguém, vem até a Pastoral e se reencontra. Reencontra-se com Deus Pai de Bondade e Misericórdia e começa uma nova vida. Recupera sua dignidade, sua família. Se reintegra na sociedade.

A Pastoral da Sobriedade passa a ser para ele sua nova família. É maravilhoso! Essa pastoral é chamada de Pastoral do Amor, justamente porque é o Amor de Deus que nos move a colocar-nos nesse trabalho junto aos excluídos da sociedade e da própria família. Tem como padroeira e modelo, Nossa Senhora da Piedade. De quando em vez há dias de “reposição espiritual” para fortalecimento espiritual e metodológico da missão da Pastoral da Sobriedade.

Também integra minha vida missionária aqui em Aurora a convivência fraterna entre nós irmãs e o povo, atendimentos esporádicos às pessoas que me procuram para conversar, para rezar, buscar bênçãos e as visitas aos doentes e famílias mais carentes nos diversos sentidos.

Junto à fraternidade, cuido com carinho de bela horta orgânica; pomar de frutas e de orquidário e outras flores no jardim da casa, tornando-a mais bela e aconchegante.

Cada experiência é única e irrepetível! Louvo ao Senhor por me ter dado a graça de fazer tantas e diferentes experiências missionárias nestes 54 anos de vida religiosa consagrada!

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Gessy Pereira Doff-Sotta

Comentários  

#1 Alice Antunes 31-10-2019 10:38
Que lindo testemunho irmã Gessy lhe acompanho com minhas orações e preces.

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