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19 Outubro 2019
“Aqui estou, envía-me”

Aquele  que chama, capacita

e dará todas as forças

e graças necessárias...Aqui estou, envía-me”

Em tempos passados, na Congregação se falava e valorizava muito as “missionarias”, isto é, as irmãs que partiam para  além fronteira.

Um grupo de irmãs,  nos questionávamos: Será que só são missionárias as que “vão”? E nós, que procuramos ser fiéis a um trabalho escolar, cuidado das irmãs doentes, na cozinha, horta..., tudo com uma entrega total, não somos “missionárias”? E sofremos muito...

Hoje, entendo que ser missionária não depende do lugar, mas do Espírito com que o fazemos ou vivemos. Uma irmã doente em sua cama de dores, pode ser uma grande  missionária, a exemplo de Santa Terezinha do Menino Jesus.

Porém é certo que o Espírito de Deus convida ou convoca algumas pessoas para uma experiência,  uma entrega mais profunda, junto a outros povos, diferentes culturas. Isto também é ser missionária.

Em meu caminhar de Vida Religiosa Consagrada, aos 74  anos de vida, senti este convite para partir em terras extranhas – para Guatemala.

Relutei frente a este chamado, pois me parecia uma “brincadeira”  ou uma “tonteira” de minha cabeça. Porem, depois de meses de discernimento, abri meu coração e disse: “Aqui estou, Senhor, envía-me”.

Esclareço que, a idéia de vir a Guatemala não foi pedido meu e nem de meus supeiores. Foi numa brincadeira que alguém disse que eu poderia somar em Guatemala, o que para mim era algo impossível. Hoje, reconheço agradecida, que o Espírito de Deus me chamava para uma nova missão.

Em resposta a este chamado, aqui estou em Guatemala, San Luis Jilotepeque, Departamento de Jalapa, desde 02 de Outubro de 2006.

Minha exeriência inicial não foi fácil, pois não conhecia o idioma Espanhol. E, pela necessidade, logo tive que integrar-me a um grupo de homens e mulheres, indicados por suas comunidades, para fazer uma preparação em Medicina Natural.

Motivo: Quando chegamos a San Luis Jilotepeque, um dos problemas gritantes era a falta de saúde do povo e sua extrema pobreza.

E tanto o Pároco, Padre Willian Ordoñes e o Bispo da Diocese, Monsenhor Julio Cabrera Ovalle, nos pediram para fazer algo por este povo enfermo e pobre.

Irmã Terezinha Pacheco e Padre Willian foram até o pais vizinho de Honduras, pedir ajuda ao Padre Fausto Milla, que trabalhava com Medicina Natural, para capacitar nosso grupo. Eramos 40 pessoas. Padre Fausto se prontificou, atendeu o pedido, e durante dois anos, cada dois meses, vinha com sua equipe de trabalho, permanecia aqui durante três dias.  Assim fizemos nossa primeira fase de preparação.

Completada esta fase de preparação, queríamos algo mais, pois sentiamos que assim não poderíamos fazer grandes coisas. Buscamos, então, em Guatemala – Capital, um grupo  denominado de AMENA – Associação de Medicina Natural, da qual faziam parte também as Irmãs Maria Fiamoncini e Lourdes T. Crestani. Elas, com mais algumas mulheres, vieram capacitar-nos durante seis meses, pelo método de Bioenergética, um método chines, muito efetivo. E assim começamos a trabalhar.

Hoje, este grupo forma a Associação dos dez anos, atendemos mais de 60  mil pessoas, com excelentes resultados, para aqueles que aceitam fazer o tratamento.

Minha Experiência, Missionária dentro de tudo isto, num constante estar com os “Pequenos do Evangelio”, visitas as famílias e enfermos, acompanhamento ás Pequena Comunidades – Cebs, presença na Pastoral Social, na Convivência Fraterna, deu outro sentido a minha Vida Consagrada de Irmã Catequista Franciscana.

Aqui senti na pele o que é ser “Irmã do Povo”. Aqui aprendi a viver a pobreza, o desprendimento, a disponibilidade, o perder irmãos sem poder estar presente, por força de uma opção, e muito mais!

Sinto que hoje sou mais Irmã Catequista Franciscana do que quando vim para cá.

Agradeci muitas vezes e continuo agradecendo a Deus a oportunidade que me ofereceu para fazer esta experiência.

E digo para as que talvez já sentiram este chamado e se sentiram inseguras: Não tenham medo,  pois vocês só terão a ganhar com esta experiência.

Dificuldades? Estas sempre estarão presentes, porém, Aquele  que chama, capacita e dará todas as forças e graças necessárias.

Penso ficar mais um pouco e regressar ao Brasil, pois os anos sobem e as forças baixam. Porém, estou muito bem e com ânimo de fazer mais alguma coisa.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Olga Ferreira

Comentários  

#4 Tere Pacheco 26-10-2019 14:05
Oh Hna. Olguita, que testimonio más bello lo tuyo. Sinceramente lo que dices es la pura verdad, porque yo también he cambiado mucho después que he vivido 26 años junto aquellos pueblos indígenas ( Qe'qchi' em Ixcán Quiché - aprendiendo su idioma y Poqomam em San Luís Jilotepeque - Jalapa). Para mi fué una gracia muy grande que Dios me ha dado através de nuestra PICMAR. de verdad Olga que la vida cambia y mucho.

Felicitaciones por tu testimonio, y que la Divina Ruah siga te iluminando siempre
!
Abrazos con carinho
#3 Eliza Schafaschek 22-10-2019 19:57
Querida Irmã Olga. Seu testemunho me emociona e me dá novas energias e alegria em ser, também missionária, em "outro país", aqui no Chile. Que esta lição de amor e entrega nos mantenha firmes e desperte outras mais a assumir conosco esta missão em favor do Reino de Deus.
Cordial abraço.
Eliza
#2 Ir. marilete Rover 21-10-2019 10:25
Oi Olga ou Olguita, como o povo te chama por ai.
Valente Olga! Animada e corajosa.
Deus, continua te abençoando e te dando as forças necessária para a missão.
Parabéns por este relato enxertado de muita VIDA.
Com carinho
#1 Cleria 20-10-2019 20:44
Parabéns Olga pela coragem de assumir e continuar sua caminhada nesta missão
A Divina Luz continue iluminando e guiando teu passos
Fraterno abraço de tua mana que te quer bem

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