“O próprio Senhor me conduziu entre eles, e fiz misericórdia com eles”
(Test 2)
Misericórdia é nome e motor no processo de “conversão”. “Depois, demorei só um pouco e saí do mundo”. O agir misericordioso com os leprosos foi, diríamos, a coroação do processo de conversão de Francisco, seu passo decisivo.
E a Legenda de Santa Clara atesta: “Estendia a mão com prazer para os pobres e, da abundância de sua casa, supria a indigência de muitos. Para que o sacrifício fosse mais grato a Deus, privava seu próprio corpinho dos alimentos mais delicados e, enviando-os às ocultas por intermediários, reanimava o estômago de seus protegidos. Assim cresceu a misericórdia com ela desde a infância, e tinha um coração compassivo, movido pela miséria dos infelizes” (LSC 3, 3-5)
Percorrendo as páginas de Génesis Apocalipse, se usarmos os óculos certos, nos damos conta de que a misericórdia é a marca principal do agir de Deus ao longo da história humana, tornando-a história de salvação. Desde primeira queda, a mão de Deus está estendida para levantar, para sustentar, para impulsionar, para abençoar e perdoar, para acolher.
É isso que queremos vivenciar na Quaresma, preparando-nos para ressuscitar com Cristo: a misericórdia que se inclina sobre quem está caído/a, para ajudar a levantar-se, ou simplesmente acertar os passos para caminhar junto, sem julgar, acolher, sem impor condições.
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