Confinamento é a palavra que define o estado do mundo por estes dias nebulosos. Presos por um inimigo, invisível, mas extremamente poderoso. Enquanto o/a cuidador/a da criação estão presos entre as paredes de sua casa, a terra respira, a atmosfera se purifica, o buraco de ozônio diminui ...Parece insano dizer, mas a mensagem é muito clara: o ser humano, precisava de algum freio em sua ação devastadora sobre a natureza.
A parábola parece infeliz, mas tem a ver com o que somos convidadas a viver nestes dias. Santa Clara nos exorta a contemplar: “Com o desejo de imitá-lo, ... olhe, considere, contemple o seu esposo, o mais belo entre os filhos dos homens, feito por sua salvação, o mais vil de todos, desprezado, ferido e tão flagelado em todo o corpo, morrendo no meio das angústias próprias da cruz” (2In 19-20).
Vivendo e celebrando a Semana Santa, compartilhemos também o ardor de Francisco que, “já pregado na cruz com Cristo, não somente ardia de amor seráfico para com Deus, mas também com o Cristo crucificado, tinha sede da multidão dos que deviam ser salvos” (LM 14, 1.1)
Que todo sacrifício para evitar a propagação do vírus, sobretudo todo empenho no cuidado dos doentes seja a barra luminosa que anuncia o amanhecer de uma humanidade reconciliada com a criação, com seus semelhantes e, só assim, com Deus.
Tomara que, deste “retiro-quarentena” saiamos mais ecológicos/as, sabendo-nos “filhos e filhas do universo” e não seus assassinos. E que ao final, o sacrifício de tantas vidas, a maioria inocentes, igual ao de Jesus, se transforme em conversão, ressurreição.
Comentários
Obrigada Maria, foi uma boa ajuda.
Um abraço.
Eliza