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11 Setembro 2020
Grito dos Excluídos: Diocese de Rio do Sul presente

 

Irmã Carmela Panini, Articuladora das Pastorais Sociais / Caritas da Diocese de Rio Do Sul, relata a vivência do Grito dos Excluídos em tempo de pandemia.

A Diocese de Rio do Sul, em meio à experiência da pandemia, está tendo a oportunidade de viver intensamente o grito do povo pela vida!

O Grito dos Excluídos está sendo ouvido por muita gente e ressoando alto e forte, mais que os tambores nas ruas dos costumeiros desfiles! O seu canto é de dor pelas perdas, em todos os sentidos, na dimensão humana, nos direitos que eram garantidos, no emprego, na morte de um ente querido..., porém, o seu canto é esperançoso, é carregado de sonhos e fé!

Um grito esperançoso faz-se ouvir com as respostas de muitas pessoas ao Pacto pela Vida e pelo Brasil, proposta elaborada pela CNBB e mais cinco entidades, e acolhida por mais de cem outras entidades pelo Brasil afora! Oxalá esse grito transforme o rosto do povo e a fisionomia do país!

Ele se torna vivo nas paróquias, nas congregações religiosas, nas entidades, nas muitas famílias e pessoas que promovem campanhas solidárias de coleta de alimentos, material de higiene, cobertores e roupas de inverno, que aquecem as pessoas permitindo que durmam bem e que sonhem com um Brasil fraterno!

O Grito da Pastoral da Sobriedade se faz ouvir quando, todos os sábados à tarde, um grupo se encontra para a confecção de sabão medicinal caseiro! Cerca de 2.000 barras de sabão para serem doadas, como material de higienização e proteção contra a covid-19! Isto também é vida!

E a Pastoral da Pessoa Idosa, como cuidadora desse povo, se dispôs a colaborar com a Fundação Osvaldo Cruz (FIOCRUZ), na resposta às perguntas e na divulgação da pesquisa para o projeto “Cuidando de Quem Cuida”!

Os catadores de material reciclável, muito sofridos pela limitação de horas de serviço, pelos cuidados com o isolamento social e a não exposição à covid-19, mesmo assim, em perigo constante, continuam solidários no mapeamento das novas pessoas excluídas e na ajuda da partilha de alimentos. Quanta comunhão!

A Pastoral Carcerária, impedida pela corona vírus de manter a semanal presença junto ao povo do Cárcere, é suficientemente criativa! Presenteia as famílias com mais de 4.000 mudas de hortênsias para que possam embelezar suas casas! Assim, os pequenos jardins, ornados de flores azuis, cor de rosa e brancas, cor do céu, lembram serenidade, acolhida, diálogo familiar e paz!

E o que dizer das nove aldeias indígenas e da Comunidade Cafuza – cerca de 730 famílias – que, através de um mutirão samaritano entre as Pastorais da Diocese, a Caritas, o Colégio Dom Bosco e o Centro dos Direitos Humanos, foram sendo apoiadas com alimentos, roupas de inverno e material de higiene?!

Um grito bem “vitaminado” nos muitos quilos de multimistura, produzidos pela Pastoral da Criança, Pastoral da Saúde e Caritas, que acabam com a anemia do povo, em especial das crianças e da Pastoral da Pessoa Idosa, tornando-as exuberantes e cheias de vigor!

Na Semana da Pátria, a Diocese, em parceria com a solidariedade do povo alemão, promoveu a partilha de mais de 600 cestas básicas para os diversos grupos que, como cidadãos, desejam viver! E também a partilha de quantidade suficiente de alimentos diferenciados, próprios para as pessoas que vivem nos Lares de Idosos e para as pessoas que vivem em situação de rua!

Ah sim! Que belo o hino dos migrantes haitianos e venezuelanos, construindo horta comunitária, produzindo verduras, legumes e frutas, e fazendo entre si a partilha dos “cinco pães e dos dois peixes”! E os migrantes sazonais, estendem suas mãos na doação de cerca de 30 mil mudas de cebola de cabeça, ajudando, assim, muitas pessoas da agricultura familiar, a fazer acontecer o milagre da vida!

Igualmente encantador é o grito da Pastoral da Terra, do SEMEAR, que, com a Feira Abrigo da Terra promove, semanalmente, uma feira orgânica solidária, unindo agricultores e consumidores na mesma proposta de alimentação saudável, da ecologia integral, defendida pelo Papa Francisco!

Nessa mesma dinâmica, a Pastoral da Saúde promove a capacitação em alimentação saudável com produtos da própria horta e do próprio horto, aproveitando os talos de verduras, as cascas de frutas, as pepitas das sementes, tudo ecologicamente produzido, consumido e transformado em novas energias, em vida em abundância!

Ainda bem lembradas as múltiplas rodas de conversa, “lives”, as conferências on-line, tornando viva e atualizada a nossa percepção da realidade: uma pandemia multiplicadora de “Igrejas domésticas” que nos torna, a um só momento “aprendentes e aprendizes”; com uma inquietude que nos mantém alertas: E no após pandemia, como será?

E para unir esses melodiosos gritos do povo, numa sinfonia harmônica, iniciamos o mês da Biblia, com a Palavra que ressoa em verso, em prosa e música! Um diálogo que enche os corações de inspiração e de confiança no “Deus que ouviu o grito do povo por justiça, viu sua miséria e veio a seu encontro para libertá-lo”! (Ex. 3,7). Sim, para todas as pessoas, a Vida em 1º lugar!

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Carmela Panini

Comentários  

#3 Maria Fachini 13-09-2020 13:38
Que animador, ver uma igreja que se move. Uma igreja-povo que recolhe os gritos e os faz ressoar no meio do povo, talvez não tão frequentador do templo, mas de coração eclesial. Parabéns a quem ajuda este motor a ser por em movimento.
#2 Mara Sueli Selke 12-09-2020 16:21
Parabéns Irmã Carmela e Equipe!
A sua fala transmite realmente o "Grito de cada Cidadão" seja qual é a razão pela sua
exclusão da Sociedade.. Dar o nosso ombro para que Eles possam se expressar de sua forma a dor que sente e como sente sua "Dor".
#1 Ana Lúcia Corbani 12-09-2020 12:09
Quanta criatividade em tempos de pandemia! Quando se ouve o grito dos pobres, não há lugar para o medo, a acomodação, a indiferença! Vida em primeiro lugar! Parabéns, Ir. Carmela pela articulação das ações!

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