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30 Setembro 2020
Pequenez e Singeleza...

 

Minha vocação é o Amor

Iniciamos o mês missionário com a festa de Santa Teresinha, madroeira das missões. Queremos celebrar, rezar e nos unir a todas as missionárias e missionários que, com ousadia profética, fé e esperança, doam sua vida nas desafiadoras realidades de fronteiras e periferias de mundo, que clamam por justiça, paz e dignidade.

Somos agradecidas a Santa Teresinha, por esta fonte exemplar de missionariedade que, na pequenez e singeleza, nos provoca, impulsiona e anima a colocar-nos a caminho, assumindo nossa missão, conforme expressa nossa forma de vida (CCGG 29): “Vivemos no meio do povo como peregrinas, em simplicidade, alegria e coragem (...)”. Queremos reavivar o nosso amor pela missão, a nossa capacidade de continuar o caminho iniciado pelas primeiras irmãs, a herança missionária, a força e a coragem que nos deixaram.

Teresinha, meiga expressão da mística das coisas cotidianas, escreveu: “Compreendi que o Amor encerra todas as vocações e que o amor é tudo. Ela afirmava: minha vocação é o Amor”, por isso, realizava com humildade e profunda simplicidade as pequenas coisas, nos ensinando que os pequenos detalhes e os atos singelos do cotidiano são um caminho de santidade desde que sejam feitos com amor. Entendeu que o amor é o principal testemunho e anúncio missionário. Porém, em seu itinerário na vivência de sua vocação, foram muitas as dúvidas da existência do Amor Maior. Em suas noites escuras, escreveu em seu diário, intitulado: Diário de uma Alma: ...parece-me que depois desta vida mortal, não existe nada: tudo desapareceu para mim, até o próprio Deus...” Porém, teve a graça de experimentar a Grande Luz: o Deus que se esconde nas pequenas coisas, nos valores da solidariedade, no serviço amoroso aos demais e no cultivo e cuidado do essencial. Quem isto vive, mesmo sem o saber, está em Deus.

Simone Weil, filósofa e mística, diz “Se quiseres saber se alguém crê em Deus, não repare como fala de Deus, mas como fala do mundo” - se fala na forma da solidariedade, do amor e da compaixão na cotidianidade. Deus não pode ser encontrado fora destes valores. No contexto que estamos vivenciando, somos tentadas também nós a permanecer na noite escura. Será que vivemos errantes e sem esperança? Não, obstante a escuridão, nós acreditamos, pois somos movidas pela Esperança. Crer é aderir a uma esperança que é “a convicção das realidades que não se veem” (Hebreus 11,1), porque o invisível é parte do visível. Crer é uma aposta de que a vida vale acima de qualquer bem. É Deus o autor desta dádiva.

Teresinha, através das suas virtudes, permitiu que Deus agisse em sua vida pelo caminho da renúncia, do abandono e do amor. Em atitude de humildade, como Santa Teresinha, pedimos ao Senhor - “Cumpri em nós vossa promessa: sede nosso anjo protetor nesta travessia. Fazei-nos simples e dóceis, humildes e confiantes, contando as ternuras do amor misericordioso do Coração de Jesus”. Que nossos caminhos missionários sejam marcados, regados por atitudes de compaixão, escuta, itinerância, cuidado, ousadia, justiça e muito amor.

Santa Teresinha, derramai vossa chuva de rosas, sobre cada irmã, formanda, e simpatizante da Província Santa Tereza do Menino Jesus (MT) que, com carinho e reverência, leva seu nome. Suplicamo-vos, abençoai a vida-missão naquele chão sagrado, tão amado, que tanto nos tem ensinado e ainda ensina, provoca e anima para acolher os “êxodos” que o momento presente pede da Congregação. “O chamado e o envio do Senhor nos apontam sempre novos caminhos.” Nesta festa, “acolhemos o desafio de renovar diariamente a entrega, dispondo-nos a assumir de forma dinâmica as crescentes exigências da consagração” (Cf. CCGG 23).

Nossa gratidão a Deus por ter-nos infundido o Espírito Missionário que nos impulsiona a assumirmos os novos desafios deste tempo de Reorganização. Que Ele revigore em nós o dinamismo de peregrinas, para que “revestidas de novo esplendor,” a exemplo de Santa Teresinha, vivamos com intensidade nosso carisma na pequenez e singeleza do cotidiano e na convivência respeitosa com todas as criaturas. Sejamos tecelãs de relações humanizadoras, “sendo para o mundo sinal do amor fraterno”, fortalecendo a irmandade universal.

Santa Teresinha, rogai por nós, intercedei a Deus por nós!

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Rosali Ines Paloschi - pela Coordenação Geral

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Isabel do Rocio Kuss, Ana Cláudia de Carvalho Rocha,
Marlene dos Santos e Rosali Ines Paloschi.
Arte: Lenita Gripa

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