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11 Outubro 2020
Mariama... ó Mãe querida!

 

 Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Mãe de Cristo e Mãe da humanidade!

Mariama, Mãe de todas as raças, de todas as cores, de todos os cantos da Terra.

Olha para nós que, nesta travessia em tempos de pandemia, nos aconchegamos em teu manto. Vê a dor do canto que nosso silêncio revela por tantas vidas perdidas.

 

 

Nossa Senhora do Encontro...

Te encontramos no silêncio das águas do Paraíba,

mas também nos encontraste...

Encontra nossas dores! Encontra nossas labutas.

Encontra a vida tão ferida dos povos desta terra.

Encontra as fomes de pão, dignidade, inclusão, solidariedade.

Encontra todas as mulheres que lutam por seus direitos e combatem o feminicídio.

Encontra as pessoas desfiguradas por esse sistema que gera dor.

Encontra os partos de tantas pessoas que em rede recriam o amor.

Que este encontro nos aqueça para esperançar

e caminhar até a marcha final que vai ser linda de viver.

Mariama, Mãe querida, o sofrimento dos povos originários e tradicionais é consequência de muito desrespeito, injustiças e opressões.   

 Ajuda-nos a transformar com nossa profecia esses clamores em gritos de celebração quando contemplarmos a Terra sem males.

  

Mariama, que se acabe, mas se acabe mesmo, a maldita fabricação de armas!

 O mundo precisa fabricar é Paz! Vencer a cultura do ódio, da indiferença, das fake news, do racismo, da intolerância religiosa e de tantas formas de crucificação atuais!

 Semear amor e justiça que brotarão como flores e frutos em nossa primavera.

 

 Ajuda-nos, Maria de Nazaré, a dizer com convicção: - Basta de injustiça! Basta de uns sem saber o que fazer com tanta terra e milhões sem um palmo de terra onde morar. Basta de alguns tendo que vomitar para comer mais e 50 milhões morrendo de fome num só ano. Basta de uns com empresas se derramando pelo mundo todo e milhões sem um canto onde ganhar o pão de cada dia.

 

Ajuda-nos, Mãe Aparecida, a ter ouvidos e coração abertos para “fazer tudo o que Ele nos disser” (Jo 2,5), e não deixar faltar pão, nem peixe e nem o vinho da fraternidade e alegria nas mesas das nossas comunidades.

 

 Ajuda-nos, Mariama, a amazonizar nossa vida, proteger nossos povos, defender suas causas!

 Sonhar e bem viver a civilização do amor, cuidar de nossa Casa Comum!

Equidade, verdade... justiça para todas as pessoas.

Um mundo de cuidado e proteção! Sim, somos todos irmãos e irmãs!

 Irmãos e irmãs não só de nome e de mentira. De irmãos e irmãs de verdade, Mariama.

 Nós teus filhos e filhas, confiamos nossos passos à tua proteção e

 seguimos Teu Filho Jesus, pelas estradas do agora.

  

Mãe do Cuidado, que teu Sim nos faça...

 Esperançar um mundo mais humanizado, repleto de pessoas e encontros.

 Fomentar os sonhos das crianças e jovens que anseiam por felicidade.

 Cavar saídas com pequenos gestos de amar, semeando a Paz e o Bem.

 Silenciar para nos embebedar do Evangelho.

 Anunciar que o Reino é Vida cuidada e defendida!

 Rezar com todos os povos da terra as preces da Criação.

 Dançar as cirandas da vida!

 

Partilhar os benditos frutos da terra, misturados com o suor do trabalho de tantas mãos.

 Beber as águas das nascentes em canção.

 Regar. Plantar. Tocar. Entoar teu Magnificat, ó Mãe que canta e ama:

  

“Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus em meu Salvador, porque olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada, pois o todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. Seu nome é santo e sua misericórdia perdura de geração em geração, para aqueles que o temem”. (cf. Lc 1,46-50)

 Embala-nos em teu ritmo, MARIAMA.

  

Releitura do poema “Mariama”, de Dom Hélder Câmara 

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Edione Pereira das Mercês