“Oh vem como brisa do vento,
trazendo aos pobres,
justiça e bom tempo”.
Chegou mais um natal! Belém nos atrai! É tempo de nos envolver com o encanto do mistério como se fosse a primeira vez e deixar-nos surpreender, como Maria, José, Francisco de Assis, os pastores, as pessoas simples, a gruta, as estrelas...
Olhando a realidade, vemos os poderosos sufocando os mais pobres, tirando a sua dignidade. Em tempos sombrios Ele é a Luz, o Príncipe da Paz, a Palavra que conforta. Em tempos de pandemia, somos convidadas a ter um novo olhar na história para encontrar a Salvação que vem.
Como no tempo de Isaías, somos chamadas a esperançar. “Envolvido em faixas” Jesus vem para a toda criação com entranhas de compaixão. Se solidariza com os últimos. Por isso, somente os simples, os pobres, os excluídos, têm olhos capazes de reconhecer a Esperança.
Aprendendo deles, nossa esperança e o nosso coração estarão voltados Àquele que vem julgá-los com justiça e levar a paz e o direito a todos/as. (Is11,4)
Esperamos com a ternura do coração, acreditamos no projeto e na promessa de Deus, de um tempo novo inspirado no direito e na justiça. Ele constrói sua tenda entre nós para ficar sempre conosco. Por isso proclamamos com toda confiança: Ele está no meio de nós! Eis a razão de nossa esperança!
Vamos às ‘Beléns’ de hoje, acolher a boa notícia, pois é tempo de esperançar!
Sigamos, desejosas de encontrar a vontade de Deus, atentas para reconhecer estrelas na noite, ágeis para segui-las e apaixonadas por descobrir o caminho que nos conduz para a periferia da humanidade.
A Luz Maior abra o nosso coração ao novo que permita reconhecer o “mistério” e adorá-lo. Belém pode mudar nossa vida, porque o mistério contemplado gera novidade. Vamos juntas continuar a escutar, perguntar e caminhar...
A celebração do tempo natalino nos comunique alegria, infunda confiança no processo da vida e da história para que nela possa se revelar o inédito, a boa notícia que traz vida!