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16 Maio 2021
Passos no caminho da escuta

 

“Passo a passo, pouco a pouco, o caminho se faz”.

Com gratidão a Deus, realizamos o primeiro encontro de irmãs inseridas em diferentes espaços e áreas missionárias. O encontro aconteceu no dia 13 de maio, na modalidade online e logo que abriu a sala da reunião, as irmãs foram chegando com muita alegria. A visão que tivemos foi de uma sala bem variada e colorida. Vários rostos, vários lugares... sorrisos... acolhida mútua.

Irmã Rosali Ines Paloschi coordenou o encontro e expressou muita alegria em acolher as irmãs e nossa assessora, Moema Miranda, que com muita sabedoria e simplicidade está nos acompanhando neste processo que assumimos juntas aos pés do Mestre.

O processo de Reorganização nos convida a dar passos, a descobrir o caminho, a acreditar na força da Divina Ruah. Com alegria nos encontramos e, com certeza, este encontro é um novo esperançar. Estamos dando passos importantes e significativos no processo de discernimento.

Na oração inicial, irmã Cristina Auxiliadora se expressou dizendo: “O Deus presente em mim saúda o Deus da escuta que está em cada uma de vocês”. E clamou a bênção de Nossa Senhora da Luz, mãe de Jesus e nossa mãe, para todas nós. Iluminou-nos ainda o texto de Isaías: “o Senhor Javé nos adverte para ajudar os desanimados com uma palavra de coragem. E toda manhã Ele faz meus ouvidos ficar atentos para que eu possa ouvir como discípula”. Fidelidade e escuta a Deus, sementes que estão germinando no silêncio da terra, isto nos exige abertura de mente, coração e vontade.

Em seguida, a ministra geral, irmã Ana Pereira de Macedo, dirigiu sua palavra para nós, trazendo Maria, mulher do Sim, que deixou o Espírito Santo trabalhar em sua vida, encorajando-nos para que também nos deixemos trabalhar pelo Espírito Santo. Somos 80 irmãs participando do encontro, organizadas em dois grupos de 40. Irmã Ana nos recordou que diante da escuta contínua, pessoal e na irmandade, leitura do Informativo “Pelos Caminhos” e outros materiais, estamos conseguindo realizar o que há muito tempo já estávamos precisando mesmo: priorizar espaços e áreas missionárias. E afirmou ainda que, com certeza, as luzes estão acesas e precisamos deixá-las para as novas gerações.

As irmãs Rosali e Laura Vicuña fizeram uma memória do caminho percorrido até o momento atual, contextualizando nele a realização desse encontro. Mesmo de maneira online, nos reunimos em pequenos grupos para um momento de partilha e, em seguida, socializamos para todas a vivência do grupo.

Assim, escutando todas nós, a assessora Moema iniciou sua fala dizendo que é bom termos em consideração que o tempo que vivemos é único. O tempo de pandemia é muito desafiante! Este encontro seria para acontecer de forma presencial por regiões, porém, com a chegada da pandemia do coronavírus, a programação teve que mudar. Mudança geral gera angústia. Nesse contexto, é importante guardar o espírito de ousadia e esperança, mas reconhecer a legitimidade da angústia, da insegurança, do medo que sentimos.

Outro aspecto que precisamos considerar é o grande crescimento que tivemos no começo da congregação, o que nos possibilitou ir para muitas áreas de missão. E áreas muito diferentes. Temos um coração grande e generoso, porém nossas pernas não alcançam mais todos os lugares e situações onde queremos chegar. Precisamos ter foco, fazer opções. Diante da realidade que vivemos hoje, na congregação, isso se torna preocupante e dolorido pois continuamos assumindo muitas “coisas”. Daí a necessidade de renúncia, de aceitação do tamanho de nossas pernas. E o faremos entre muitas dores de pessoas, pois nosso coração segue do tamanho do mundo, as dores do mundo doem em nós, nós choramos com a dor das pessoas que não podemos atender.

Moema dizia ainda, que queremos nos escutar, mas tem muita microfonia no processo quando todas querem falar ao mesmo tempo, ou ‘quando não consegue acompanhar as mudanças dos dias de hoje’. Falou ainda da importância de se dar maior atenção ao SAV, às juventudes, e que este trabalho podemos realizar em todos os espaços onde estamos. O incentivo, o estímulo, a escuta, o testemunho... são indispensáveis no Serviço de Animação Vocacional.

E, em meio a todo esse contexto complexo, não podemos esquecer de dar atenção à nossa “casa-coração” – o espaço de convivência em nossas irmandades: onde podemos tirar a capa de mulher maravilha e poder chorar, tirar a máscara, sentir o coração da outra pulsando, onde encontramos o aconchego, o diálogo, a compreensão... e nela juntamos pés, coração e cabeça. Assim, compreendemos que quando fechamos alguma casa, temos como objetivo o fortalecimento de outra irmandade.

Finalizamos nosso encontro recebendo a bênção da Luz, do Admirável, da Trindade Santa. Todas ficamos cheias de alegria e gratidão pelos passos dados, pela coordenação de nossas irmãs que estão nos animando na caminhada do seguimento de Jesus Cristo, como Irmãs Catequistas Franciscanas, fazendo história na Igreja e na Sociedade – nossa Casa Comum.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmãs Luzia Bertoldi e Maria Lucélia Araújo da Silva