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12 Junho 2021
Comunicadoras do Sabor da Esperança

 

“Onde pisam os pés, a cabeça pensa e o coração ama.  Ama o coração, pensa a cabeça e os nossos pés pisam neste chão”.

Um (re)encontro de irmãs, de diferentes áreas de missão e atuação, aconteceu na manhã do dia 08 de junho, na ciranda possibilitada pela plataforma Google Meet. Para começar, a irmã Marlene dos Santos foi nos acolhendo e motivando a perceber os olhares e os sorrisos de cada uma que adentrava a roda; logo um alvoroço contagiante tomou conta de nós. As palavras de Marlene era cantiga da gente, do jeitinho que chegamos, querendo matar a saudade, com fome de presença.

Esse foi o encontro do terceiro grupo de irmãs para um momento de escuta e comunhão, sem colocar ponto final no processo, com o desejo de deixar um gosto de querer mais, pois o caminho de escuta continuará. O caminho é construção! O caminho é esperançador!

E como não falar dela, Irmã Esperança, mulher que semeou a Esperança no meio dos pobres e entre eles foi plantada, estava inscrita para esse encontro. Ela esteve presente! Na voz emocionada de Marlene, sentimos o abraço de nossa amada Irmã Esperança, que fez sua páscoa no dia 03 de junho e continua presente, sendo luz para cada uma de nós. Louvado sejas, Senhor!

Louvado sejas, Senhor, por também unir nosso coração com as irmãs Maria das Graças Gomes e Jovenilde Alves Neves em um profundo momento orante, que nos convidou a romper fronteiras e dançar a ciranda da vida. Nesse embalo, aninhamos a presença da Trindade em nós e no meio do povo, nos colocando num instante de silêncio, comungando com todas as situações do mundo, da humanidade, com as dores do nosso agora que são tantas... Suplicamos, intercalando nossa prece com a canção entoada por Irmã Dalvina: “Dá-nos ousadia, Divina Ruah...”.

Em seguida, contemplando o broto do nosso desejo de abrir caminhos ao diferente, nos conectando aos sonhos alimentados nesse processo, ouvimos a Ministra Geral, irmã Ana Macedo, que nos tocou ao dizer como é bom nos encontrarmos, nos despertando para vivenciar esse momento de maneira muito real e verdadeiramente conectadas, alargando o coração para abraçar a realidade onde estamos. Invocou a proteção dos Encantados sobre todas as irmãs inseridas em diferentes espaços e áreas missionárias, para que tenhamos coragem de desapegar e ir além, em um movimento de saída com a ousadia de Amábile, Maria e Linduína. Sigamos alimentando sonhos e irrigando nossa esperança com as gotas partilhadas de cada uma”.

Nesse ritmo, as irmãs Delir Brunelli e Rosa Heinzen nos ajudaram com uma contextualização do caminho percorrido no processo de reorganização. Nessa sintonia, sabemos que o caminho foi reinventado por conta do contexto atual e fomos, como “Anunciadoras da Esperança, com confiança e alegria”, envolvidas por um belíssimo processo de escuta. Para dinamizar ainda mais o encontro, entoamos o Cântico das Criaturas em uma partilha em pequenos grupos e depois em uma plenária cheia de versos novos que falavam de nossa vida-missão, das incertezas, angústias, inseguranças, mas também de nossa responsabilidade, serenidade, amadurecimento, criatividade e confiança na vivência desse processo que vai acontecendo numa construção coletiva, com a participação de todas nós.

Depois de ter escutado tantas preciosidades, ansiávamos pelas ressonâncias que foram feitas pelas assessoras Moema Miranda e irmã Susana Rocca. Elas nos falaram das possibilidades que as realidades de dores, clamores, rumores provocam, da necessidade de limpar os caminhos, deixando que os “sapos” saiam. Assim vamos enxergando mais claramente os critérios para definir melhor nosso foco de atuação e missão, encontrando com delicadeza os nomes certos para os processos que vão sendo construídos, enquanto as decisões vão sendo tomadas. Ao lembrar de como os primeiros passos foram sendo dados até agora, bendizemos a serenidade, o equilíbrio e o cuidado que têm invadido cada uma de nós e agora não só se cheira a esperança, podemos contemplá-la em cada rosto. Estamos fortalecidas!

E é nessa certeza que vamos caminhando, com maior consciência e fé de que a ciranda está girando. Nesse cenário, onde tudo é novo, gestamos a nossa itinerância no cuidado de nós mesmas e no cuidado missionário. Estamos contemplando, olhando de forma global e acolhendo a certeza de que nos tornamos cada vez mais cidadãs do mundo, casa de todos e todas.  E assim vamos, como comunicadoras do sabor, regadoras de esperanças, embelezadoras do Reino, pois a escuta precisa continuar... Sempre!

E a esperança que fica é que nasça um bendito bem aconchegador no coração de cada irmã que deixou sua gota nesse canto          

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Edione Pereira das Mercês