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13 Agosto 2021
Cristo nos Salva e nos Envia através da Vida Consagrada

Quem escuta a minha palavra possui a vida eterna (Jo 5, 24)

Neste ano, o papa Francisco nos apresenta São José como modelo das vocações. São José, na sua simplicidade, soube ouvir seus sonhos, discernir, interpretar e abrir seu coração para acolher o projeto de Deus na sua vida.  Ao ouvirmos Deus, que fala em nossa vida, discernimos o que Ele quer para nós. É um processo que exige escuta e diálogo, liberdade interior, espírito de fé e coragem para assumir decisões com responsabilidade.

Toda vocação é um dom de amor e exige uma resposta de amor também. Esta resposta se dá no compromisso (serviço), na fidelidade. São José nos inspira como deve ser a nossa resposta ao chamado de Cristo. A primeira coisa que nos ensina é reconhecer o dom, acolher a gratuidade da escolha que o Senhor faz de nós. Vocação é um dom que vem de Deus. É gratuidade, é totalidade, é o segredo que Deus colocou em cada um e cada uma de nós para nos entregarmos e sermos felizes. É encanto e serviço. Encanto para servir alguém, serviço para disponibilidade ao seu povo.

O Papa Francisco nos disse, ainda, que cada um/a é uma missão neste mundo. Não há vocação sem missão e não existe uma missão sem vocação. Jesus também teve uma vocação! Ele mesmo disse: “meu alimento é fazer a vontade daquele que me enviou” (cf. Jo 4, 34). Jesus atrai e nos fascina, ilumina pela Palavra, convida a segui-lo e a estar em intimidade com Ele. Seguir Jesus hoje significa para nós acreditar na sua opção pela humanidade, em especial, os pobres que são seus prediletos. O sonho de Jesus é nosso também.

A vida consagrada, que lembramos neste terceiro domingo de agosto, é um dom que Deus concedeu à Igreja, por meio do Espírito. Somos chamados/as a seguir Jesus Cristo na radicalidade do Evangelho, professando os conselhos evangélicos de obediência, pobreza e castidade. Em fraternidade, respondemos juntas às necessidades da Igreja e do mundo. E não só! Em fraternidade, cada pessoa consagrada é chamada a esvaziar-se para poder escutar e acolher a realidade pessoal e comunitária, a acolher sua própria história e a história do/a outro/a, a viver irmandade/fraternidade como dom e sinal para o mundo.

Nós nos encontramos com a nossa essência quando nos deparamos não só com nossos dons, mas especialmente com os nossos limites. Quando reconhecemos a nossa pequenez diante da grandeza de Deus, a nossa vida em fraternidade torna-se simples, leve e produz muitos frutos! É uma experiência humana que nos leva à experiência mística. Somente juntos/as damos conta de respondermos aos gritos e clamores dos pobres do tempo atual.

Para isso, temos Maria como exemplo de discípula que aceitou colocar-se no serviço de Deus com o dom total de si mesma. Papa Francisco recorda que, na vida consagrada, vivemos o encontro de jovens e anciãos, entre a observância e a profecia. O Espírito Santo conduz a vivência de um mesmo Carisma apesar de todas as diferenças! Esta é uma realidade jamais fechada, mas sempre aberta à voz de Deus, que fala, que abre, que conduz e que nos convida a caminharmos rumo ao horizonte do Reino de Deus.

A nossa aspiração é identificar-nos com Jesus, assumindo os seus sentimentos e forma de vida (cf. Fl 2,1-11). Como Irmãs Catequistas Franciscanas, nós assumimos a vivência dos conselhos evangélicos em fraternidade, em atitude de despojamento e liberdade frente à vida, aos bens, aos laços afetivos e nos colocamos em inteira disponibilidade a serviço do Reino, seguindo o exemplo de Francisco e Clara de Assis. O mistério do Verbo Encarnado é nossa fonte de inspiração. É com Ele que caminhamos! Na intimidade da oração, Ele nos alimenta e dá forças. Sem Ele nada somos. Jesus atrai, chama, capacita, ensina e envia para uma missão.

Mais do que nunca, nesse tempo de pandemia em que vivemos, somos convidadas/os a olhar e recordar com gratidão e alegria o passado, viver com paixão o presente e a nos abrir com esperança para o futuro que o Senhor nos oferece. Deus Pai-Mãe, que suscitou em nós a vocação à vida consagrada, é sempre fiel e vai continuar a saciar a nossa sede e a sede do povo, especialmente dos mais pobres e dos excluídos da sociedade

Querida jovem, você se sente atraída por Jesus? Você quer ser colaborador/a de Jesus nesta família? Venha fazer parte desta linda família! Querida jovem, vale a pena ser Irmã Catequista Franciscana.

Na próxima semana refletiremos sobre a vocação laical. Qual o significado de ser leigo/leiga na Igreja e no mundo? Aguardamos você.                     

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Puri Mafikene Marlene