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01 Agosto 2022
FRANCISCLAREANDO - Sangue, Vida fecunda e fecundante

 

“Brotarán de sus entrañas, torrentes de agua viva, de su corazón abierto, sangre y agua para la vida”. Com esta canção, as comunidades hispano-falantes gostam de invocar a proteção do amor que se derramou como sangue e água do coração de Jesus transpassado pela lança (cf. Jo 19,34). O sangue derramado na cruz é garantia de purificação, de salvação. Sangue é vida e fonte de vida. No mês de julho, a igreja católica costuma celebrar o preciosíssimo sangue de Jesus, “derramado por nós e por muitos, para a remissão dos pecados”. Sangue que nos resgatou do poder da morte e nos compromete à disposição de dar o nosso pela vida do povo, pela vida do planeta.

Francisco se deixou ferir pelos sofrimentos do Redentor: “A partir daquela hora, seu coração ficou de tal modo ferido e enternecido que, ao lembrar-se da paixão do Senhor, sempre enquanto viveu, levava em seu coração os estigmas do Senhor Jesus, como mais tarde ficou de maneira nítida pela renovação dos mesmos estigmas, admiravelmente impressos em seu corpo e muito claramente comprovados” (LTC 14,1).

Outro testemunho nos chega através do biógrafo de Francisco, Tomás de Celano: “Dois anos antes de entregar sua alma ao céu, estando no eremitério que, por sua localização, tem o nome de Alverne, Deus lhe deu a visão de um homem com a forma de um Serafim de seis asas, que pairou acima dele com os braços abertos e os pés juntos, pregado numa cruz. Duas asas elevavam-se sobre a cabeça, duas abriam-se para voar e duas cobriam o corpo inteiro. Ao ver isso, o servo do Altíssimo se encheu da mais infinita admiração, mas não compreendia o sentido. Experimentava um grande prazer e uma alegria enorme pelo olhar bondoso e amável com que o Serafim o envolvia. Sua beleza era indizível, mas o fato de estar pregado na cruz e a crueldade de sua paixão atormentavam-no profundamente. Levantou-se triste e alegre ao mesmo tempo, se isso se pode dizer, alternando em seu espírito sentimentos de gozo e de padecimento. Tentava descobrir o significado da visão e seu espírito estava muito ansioso para compreender o seu sentido. Estava nessa situação, com a inteligência sem entender coisa alguma e o coração avassalado pela visão extraordinária, quando começaram a aparecer-lhe nas mãos e nos pés as marcas dos quatro cravos, do jeito que as vira pouco antes no crucificado” (1Cel 94,1-7).

Clara nutria um amor ardente ao Crucificado, cujo sofrimento reviveu em seu corpo, durante prolongada enfermidade. “O sofrimento pela Paixão do Senhor era-lhe tão familiar, que das sagradas chagas tanto contemplava o amargo da mirra, como as mais doces alegrias. ... Uma vez, ... o demónio deu-lhe tal pancada na face que a vista ficou manchada com sangue e o rosto ensanguentado. E para não interromper a contemplação as delícias do Crucificado, meditava continuamente a oração das cinco chagas do Senhor. Aprendeu de cor o Ofício da Paixão, como o tinha composto São Francisco, o apaixonado da Cruz, e recitava-o muitas vezes com igual fervor”. ... (cf. LSC 30, 1-8).

A mesma Legenda testemunha como ela viveu a enfermidade como participação nas dores da Paixão de Jesus Cristo. “No fim, pareceu debater-se em agonia durante muitos dias ... Exortada pelo bondoso Frei Reinaldo a ser paciente no longo martírio de todas essas doenças, respondeu com voz mais solta: “Irmão querido, desde que conheci a graça de meu Senhor Jesus Cristo por meio do seu servo Francisco, nunca mais pena alguma me foi molesta, nenhuma penitência foi pesada, doença alguma foi dura”. Interrogada sobre quando começou a prolongada doença de Santa Clara, respondeu que foi mais ou menos há vinte e nove anos” (LSC 44c).

Uma das testemunhas do Processo de Canonização fala da consciência e devoção com que ela fazia de sua doença uma forma de participar no sofrimento redentor de Cristo, uma forma de também entregar sua vida, derramar seu sangue por amor ao Mestre que já o havia feito por nós: “Interrogada sobre os bens de que falava, respondeu que quando entrou no mosteiro, madona Clara estava doente. No entanto, de noite, erguia-se no leito e velava em oração, com lágrimas abundantes. E fazia o mesmo de manhã, na hora de Tércia(PC 14,2).

Que tenhamos a graça da união no sofrimento redentor de Jesus Cristo, de sentir sempre a força fecunda e fecundante do sangue de Jesus Cristo em nossa vida, em nossa missão.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Maria Fachini - Catequista Franciscana

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