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08 Março 2023
Quaresma: “Caminho Sinodal”

 

“O caminho quaresmal é ‘sinodal’,

romper com a mediocridade e as vaidades”

 (Papa Francisco)

O Papa Francisco, em sua mensagem para a Quaresma de 2023, sob o tema: “Ascese quaresmal, itinerário sinodal”, convoca toda a Igreja a “pôr-se a caminho no seguimento de Jesus para aprofundar e acolher o seu mistério de salvação”. Nela, destaca a relação entre “caminho quaresmal” e o “caminho sinodal” que nós, como Igreja, nos comprometemos a realizar sob o tema, “Para uma Igreja sinodal: comunhão, participação e missão”.

Baseado no Evangelho da Transfiguração (Mt 17,1-9) proclamado no Segundo Domingo da Quaresma, o Papa nos recorda, que na Quaresma somos convidados a subir o “alto monte junto com Jesus para viver como Povo Santo de Deus uma particular experiência de ascese”, que é “um empenho, sempre animado pela graça, no sentido de superar as nossas faltas de fé e as resistências em seguir Jesus pelo caminho da cruz”. Assim ele nos diz: “Para aprofundar o nosso conhecimento do Mestre é preciso deixar-se conduzir por Ele à parte e ao alto, rompendo com a mediocridade e as vaidades. É preciso pôr-se a caminho, um caminho em subida, que requer esforço, sacrifício e concentração, como uma excursão na montanha”.

O “caminho quaresmal-sinodal”, é o “caminho do discipulado”, é o “caminho da cruz”, que se apresentam em duas dimensões: vertical e horizontal:

Na “dimensão vertical”, indica o “subir a montanha” com Jesus, o Filho amado de Deus Pai, cuja Palavra os discípulos devem escutar: alimentar-se da Palavra de Deus para entrar na dinâmica da conversão com “oração e jejum”, que exigem renúncia, desprendimento, pobreza, e com “esmola-caridade” que requer generosidade, partilha, solidariedade. Neste sentido, a quaresma se faz tempo favorável para trilhar o caminho que nos leva à conversão, penitência e misericórdia.

 Na dimensão horizontal, é o “descer da montanha” e trilhar o caminho do discipulado, do serviço, da doação, da solidariedade. Descer a montanha, para os discípulos se torna mais difícil do que subir: Pedro quer armar tendas para permanecer na zona de conforto que a montanha oferece. Entretanto, fazia-se necessário descer, e fazer o caminho para dentro da realidade do povo, pois é justamente em meio ao povo que se vive e se faz missão.

Assumir a dimensão horizontal da cruz, é suportar as fadigas e os sofrimentos para viver o mandamento do amor e o caminho da justiça, é abraçar diariamente o caminho do Evangelho, o caminho do discipulado e da missão. Vida em missão é um permanente caminhar, não individual para buscar e  acomodar-se naquilo que nos garante bem-estar, prazeres e vaidades, mas sim, um contínuo “descer da montanha” do egoísmo e da acomodação e entregar-se pela causa da vida digna, vida transfigurada sem exclusão, alicerçada na justiça e na igualdade.

Concluímos com o Papa Francisco: “A Quaresma orienta-se para a Páscoa” [...], prepara-nos para viver, com fé, esperança e amor, a paixão e a cruz, a fim de chegarmos à ressurreição”; “O nosso caminho quaresmal é ‘sinodal’, porque o percorremos juntos pelo mesmo caminho, discípulos do único Mestre” (cf. Papa Francisco, Mensagem para a Quaresma, 2023).

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Ir. Maria Aparecida Furlani