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03 Abril 2023
FRANCISCLAREANDO: Com as mulheres da Aurora buscamos o nosso Senhor...

 

Nosso título é parte do refrão do Hino da Assembleia da CLAR. “Con ternura y coraje/ con las mujeres del alba / buscamos a Nuestro Señor/ a Jesús que salva”. Com ternura e coragem, com as mulheres da aurora, buscamos a nosso Senhor, a Jesus que salva.

Já estamos caminhando para a grande festa da Ressurreição. E nesta caminhada, somos convidadas a acompanhar as “mulheres da aurora, as mulheres do alvorecer” que, naquela manhã do primeiro dia da semana, vão apressadas ao túmulo de Jesus, prestar-lhe os cuidados que a lei não lhe havia permitido prestar logo de sua morte, antes de sepultá-Lo. Confiantes nas palavras do Mestre “Destruí este templo e eu o reerguerei no terceiro dia” (Jo 2,19), elas vão na ousada esperança de encontrar o Senhor. Mas elas encontram o túmulo vazio e o alegre anúncio: “Ele ressuscitou. Irá adiante de vocês à Galileia: lá o verão. Elas partiram a toda pressa e correram a dar a notícia a seus outros discípulos (Cf Mt 28,7-8).

Uma decisão amorosa sempre tem pressa de se concretizar. A mesma urgência das mulheres da ressurreição era compartilhada por Francisco, segundo testemunho de seu primeiro biógrafo, Tomás de Celano: “Mas, como em um dia foi lido nessa igreja o evangelho de como o Senhor enviou seus discípulos para pregar, o santo de Deus, aí presente, ouvindo bem as palavras do evangelho, depois da celebração da missa suplicou ao sacerdote que lhe explicasse o evangelho.

Depois que ele lhe explicou tudo em ordem, ouvindo são Francisco que os discípulos de Cristo não deviam possuir ouro, prata ou dinheiro, nem levar pelo caminho bolsa, sacola, nem pão ou bastão, não ter calçado nem duas túnicas, mas pregar o reino de Deus e a penitência ficou logo exultante e disse: “É isso que eu quero, é isso que eu procuro, é isso que eu desejo fazer com todo o meu coração”.

Então o pai santo se apressou, transbordando de gozo, para cumprir o salutar aviso, e não suportou nenhuma demora para começar a cumprir o que ouvira. Desamarrou imediatamente os calçados, tirou o bastão das mãos e, contente com a túnica, substituiu a correia por uma corda ...

E tratou de fazer as outras coisas que ouvira com a maior diligência, com a maior reverência. Porque não tinha sido um ouvinte surdo do Evangelho. Antes, confiando à sua louvável memória tudo que ouvira, cuidava de levar tudo adiante diligentemente (1Cel 22,1-8.10).

Como Francisco, também Clara anseia por entregar-se inteiramente e sem demora ao serviço do Pobre Crucificado. Testemunha a Legenda que “...Já tinha dificuldade para suportar a elegância dos enfeites mundanos e desprezava como lixo tudo o que aplaudem lá fora, para poder ganhar a Cristo” (LSC 6,7). Então, “bem depressa, para que o pó do mundo não manchasse o espelho daquela alma imaculada e não querendo expor a juventude delicada ao contágio do século, tratou o santo Pai de a libertar o mais depressa possível das trevas da vida mundana.

Poucos dias antes do Domingo de Ramos, a jovem, de fervoroso coração e decidida a mudar de vida, procurou o homem de Deus, para saber o que e como devia fazer para mudar de vida. O santo Pai ordenou-lhe que se apresentasse bem vestida e elegante e que participasse com o povo na cerimónia de ramos e que na noite seguinte deixasse a cidade, transformando as alegrias mundanas em luto pela Paixão do Senhor.

Chegado o Domingo, Clara, sobressaindo pelo aspecto festivo, dirigiu-se com os demais para a igreja. Ali, algo de muito significativo aconteceu. Na altura da distribuição dos ramos, Clara ficou modestamente retraída, no seu lugar. Foi o próprio Bispo que, descendo os degraus, lhe fez a entrega pessoal do ramo.

Na noite seguinte, obedecendo às ordens do santo, empreendeu a saída tão desejada em companhia de pessoas de sua confiança. Não lhe parecendo prudente usar a saída do costume, optou por outra, abrindo com as próprias mãos e com uma força de que ela mesma se admirava, uma porta que há muito tempo estava obstruída com madeira e pedras.

Desta maneira deixou a casa, a cidade e os familiares e apressou-se a ir para Santa Maria da Porciúncula” (LSC 7,1-8,1a).

Que o testemunho de Clara e Francisco nos acenda os ânimos, dê asas a nossos corações e a nossos pés, nos dê forças para romper as escuridões e, sem medo, nem vacilo, ir ao encontro do Ressuscitado nas Galileias onde Ele espera que o acompanhemos nos caminhos da vida machucada, do direito vulnerado, da dignidade vilipendiada.

Demo-nos pressa. A vida pede urgência. O Ressuscitado nos garante: “Não tenham medo. Estarei com vocês”.

Felizes celebrações pascais.

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Maria Fachini - Catequista Franciscana

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