No dia de ontem, 28 de maio, na grande festa da Igreja, a festa de Pentecostes, plenitude da Páscoa, celebramos aniversário da Páscoa de irmã Liduína Venturi, mulher que se deixou guiar pela Divina Ruah.. O texto de irmã Elisa Schafaschek nos ajuda a fazer memória do testemunho que ela deixou.
Liduína Venturi nasceu em Diamantina, próximo de Rodeio, no dia 1 de junho de 1894. Filha de Santo e Matilde Venturi – que eram camponeses. Liduina era membro da Ordem Terceira de São Francisco. Sofreu grande resistência familiar, quando manifestou o desejo de ser Catequista como Maria e Amábile Avosani. Vencida a dificuldade, com orações e jejuns, apresentou-se para colaborar nas escolas da Paróquia. Assumiu uma escola no dia 24 de março de 1914. Teve como primeira companheira na missão de Catequista, Maria Avosani, a quem auxiliou na Escola de São Virgílio. Com Maria Avosani foram as pioneiras da obra educativa da Congregação das Irmãs Catequistas Franciscanas, no Estado de Santa Catarina.
Submeteu-se aos exames de habilitação para o Magistério Público. Trabalhou na Congregação durante 40 anos no serviço da educação e catequese, com fidelidade e competência. Em todos os trabalhos, exerceu frutuoso apostolado no meio do povo, com um sorriso, uma palavra amiga: dava um pouco de si, era uma presença agradável e tinha grande amor às pessoas idosas e sofredoras. Foi a mulher do sorriso evangelizador, conforme o título do livro escrito por irmã Augusta Neotti. Com Amábile e Maria Avosani foi voz profética da educação e catequese e no fundamento da Congregação. Liduina viu o lançar da semente da Congregação; viu-a nascer, acompanhou o desenvolvimento da Companhia das Catequistas, que hoje continua. Ela sabia viver a pobreza evangélica na simplicidade, disponibilidade e serviço aos mais fracos, como irmã do povo, no meio deles. De espírito alegre, sereno, suave, modesto e extremamente fraterno e cordial. Amava as companheiras, ouvia-as com ternura e interesse. Mulher de paz interior, paciente, cheia de misericórdia e carinho com todos, especialmente os mais vulneráveis. Cultivou um forte espírito de oração. Tinha grande amor à Eucaristia, da qual se alimentava sempre que havia o pão consagrado onde estavam. Amou de modo particular a catequese, à qual se dedicou mesmo depois de aposentada, enquanto lhe permitiam as forças.
Passou os últimos anos de vida na Casa Mãe. Foi a única das três que teve a graça de participar da celebração dos 50 anos de fundação da Congregação. Exerceu sua missão nesta terra e no dia 28 de maio de 1966, aos 71 anos de idade, partiu para a casa do Pai.
“Somos felizes por tê-la em nosso meio, sempre alegre, jovem, disposta a carregar os sofrimentos e a vida abnegada que levavam no início da Congregação, com fé, coragem e confiança de que era algo bom”. Nesse tempo em que a Congregação vive um processo de reorganização, para melhor viver o Carisma, tempo em que necessitamos de abnegação e coragem, Liduína Venturi seja inspiração e interceda pela Congregação.