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07 Junho 2023
Corpus Christi, festa da Unidade e da Partilha

 

Não podemos comer este Pão, se não dermos o pão aos famintos.

A Solenidade do Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo. Festa da “fonte e ápice de toda a vida cristã” Pois a Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, o próprio Cristo nossa Páscoa. A comunhão de vida com Deus e a unidade do povo de Deus.

“Muitos grãos de trigo se tornam pão e muitos cachos de uva se tornam vinho”. Na unidade desses produtos da terra com o trabalho das mãos humanas, produzem-se as espécies para a eucaristia. Os grãos de trigo triturados se unem de tal maneira que jamais se separarão. Assim também os cachos de uva transformados em vinho jamais voltarão a separar-se. Muitos formam um. Esse é o grande convite da Eucaristia: fazer a unidade. Embora sejamos muitos os discípulos missionários, os amigos de Jesus, não podemos viver isolados e afastados uns dos outros, como Igreja que somos. Precisamos ser sinal de unidade neste mundo em que emperra a violência, a desunião, a mentira, a corrupção a morte. Aí nos vem o grande apelo “Senhor, fazei-nos instrumento de Unidade e Paz”. A eucaristia nos interpela à vida de comunhão com Cristo e com toda criatura. Isto nos traz presente a aliança que Cristo fez com sua Igreja, a qual se atualiza em cada eucaristia celebrada.

Ela nos faz recordar a fidelidade do próprio Deus e evidencia três aspectos presentes no gesto de seu Filho ao instituir a Eucaristia, a saber: doação, gratuidade e amor. Esse trio implica no compromisso que assumimos, ao comungarmos do Corpo e Sangue de Jesus, pois são essas ações, que nos identificarão como seguidores de Cristo. A Eucaristia é um alimento que liberta o íntimo da pessoa, isto é, todo o seu ser passa por uma transformação. Sendo assim, a pessoa transformada interiormente passa a servir gratuitamente, doando-se por amor ao Reino.

Corpus Christi, “é um momento da festa da comunhão, onde testemunhamos nossa fé em Jesus Cristo Ressuscitado, numa Igreja que nasce da Eucaristia e dela se nutre para dar continuidade à sua missão”. “Eucaristia, pão do céu, fonte de justiça e fraternidade”. Olhando neste prisma  está relacionado fortemente com a Campanha da Fraternidade 2023. O cristão que tem consciência da importância do sacrifício eucarístico, não se fecha em si mesmo, mas se deixa interpelar pela Palavra e pela Eucaristia.

 “Dai-lhes vós mesmos de comer!” Jesus é o grande exemplo de despojamento: esvazia-se do próprio sofrimento para dar lugar, em seu coração, ao sofrimento do outro. Sua compaixão vai além do pão oferecido. À constatação da fome da multidão que os discípulos fazem, Jesus responde com uma ordem, um imperativo: “Dai-lhes vós mesmos de comer!” (Mt 14,16). Ele não despede ninguém sem saciar sua fome ou sua sede, sem oferecer o alimento e sua Palavra. Ele deseja que aqueles que encontram conforto em seu pastoreio também vivam dignamente. À indiferença, portanto, Jesus contrapõe a responsabilidade fraterna, cujo modelo passa a ser sua própria ação.

Hoje é necessário reconhecer que grande parcela da população se encontra sob os diferentes níveis de insegurança alimentar, e assumir uma postura profética diante desse cenário atual. A Igreja que distribui a Eucaristia partilha, também distribui a compaixão, a misericórdia e o pão. Para celebrar e viver a Eucaristia, nós somos chamados a viver este amor. Porque não podes partir o Pão, se o coração estiver fechado aos irmãos. Não podes comer este Pão, se não dermos o pão aos famintos. Não podemos partilhar deste Pão, se não nos solidarizarmos com os sofrimentos de quem está ao nosso lado.

O discípulo não pode esquivar-se da compaixão e da responsabilidade. Essa responsabilidade é vivida por Jesus que, ao ver uma grande multidão, encheu-se de compaixão. E faz-nos lembrar que o pão é para todos. É decorrente disso a oração do Pai Nosso quando nós nos voltamos ao Pai do céu como Criador de todas as coisas e nós pedimos o pão de cada dia para que ele não falte a ninguém. A fraternidade cristã se alcança com profecia e compaixão. Não participa efetivamente da comunhão que a Eucaristia constrói, aquele que não está disposto a assumir para si a compaixão com a qual Jesus se comprometeu com a entrega de si que Ele realizou

“Pai de bondade, ao ver a multidão faminta, vosso Filho encheu-se de compaixão, abençoou, repartiu os cinco pães e dois peixes e nos ensinou: “dai-lhes vós mesmos de comer”. Confiantes na ação do Espírito Santo, vos pedimos: inspirai-nos o sonho de um mundo novo, de diálogo, justiça, igualdade e paz”. Amém

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Irmã Vitalina Trentin

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Arte: Lenita Gripa

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