“São 25 anos de presença das Irmãs Catequistas Franciscanas”

Assim cantou o coral da comunidade ao iniciar a Celebração Eucarística no dia 14 de abril de 2024, na Capela da Leprosaria de São José no Kuito Bié.   

A festa foi mesmo bonita e compartilhada com grande número de pessoas que fazem parte de nossa história, gente simples e sofredora, com grande espírito de gratidão como os portadores da lepra, crianças, jovens, papás e mamás das lavras, catequistas, representantes das várias congregações religiosas da diocese. Uma verdadeira experiência de ressurreição!

De modo especial o nosso louvor a Deus que realizou grandes maravilhas em nós ao longo destes 25 anos! Vai o nosso agradecimento a todas as irmãs catequistas franciscanas que por aqui passaram e deixaram seu legado de amor e ardor missionário: Nadir Borges, Terezinha Rinaldi, Maria Esther Giacomet, Maria da Conceição Almeida, Álcida Paulino (em memória), Maria de Fátima Souza, Carmelita Zanella, Darlene Francisca Lima, Sandra Duarte, Adilma Mezzari, Maria Ármine Panini, Mayara Arguelo da Silva, Nilza Laurentino, Puri Mafikene Marlene, Ana Lúcia Corbani, e, de modo especial a que chegou por primeiro nesta missão do Kuito e se fez presente na celebração dos 25, a irmã Maria das Graças Vieira. Fez-se presente em nome de toda a congregação a Irmã Marlene dos Santos, responsável pela Missão África.

Assim se expressou o jovem Valeriano, coordenador pedagógico da Escola Missionária de São José:

“Com a vossa chegada vos tornastes a voz daqueles que não tem voz, e tudo fizestes para que as condições mínimas de saneamento básico passassem a existir na comunidade. Olhando a lastimável realidade e como eram tratados os filhos dos leprosos em escolas públicas, não vos calastes e nem cruzastes os braços, tudo fizestes mesmo em péssimas condições, tomastes a iniciativa de criar a Escola Missionária São José para os filhos dos leprosos e não só. As diferenças culturais que temos convosco, não vos impediu de dar o vosso melhor para nós. Connosco, tendes festejado as nossas alegrias, connosco tendes chorado as nossas infelicidades, tendes sarado as nossas enfermidades e vimos na vossa presença a resolução das nossas dificuldades”.

De Esperança Dala, aspirante: “Celebrar os 25 anos de vida e missão das ICFs no Kuito-Bié, digo que foi uma experiência única e boa, com toda a movimentação, organização, muita comunhão e amor acima de tudo, e em especial com os pobres, estando no meio deles; e no final da missa oferecendo um lanche a cada um não fugindo assim do nosso carisma como ICFs, apesar de algumas congregações não  aprovarem nem aceitarem a nossa forma de ser. E com isso quero seguir os mesmos passos, estando em comunhão com todos e sempre estar ao lado dos pobres, dos mais vulneráveis, e entendi que o verdadeiro banquete é com aqueles necessitados, porque o sorriso, o gesto que apresenta é valioso e lindo demais. Foi um momento mesmo muito especial e de muito aprendizado que pretendo levar para a minha caminhada. E peço a Deus que seja mesmo nós a fazer a celebração dos 50 anos, como as irmãs estão a dizer para nós”.

E da aspirante Luiza Ngueve Chivala: “A celebração dos 25 anos me serviu como motivação para a minha caminhada, eu sendo aspirante das ICFs. Rezamos, cantamos e também trabalhamos muito, e tudo ficou muito especial. ”

Desde o início as irmãs acolheram jovens para o discernimento vocacional em vista da vida consagrada, contudo até o momento não há Irmãs Catequistas Franciscanas filhas do Bié.

Reconhecem os grandes desafios culturais que por vezes dificultaram a mútua compreensão e aceitação das diferenças, contudo, louvamos e bendizemos ao Senhor que nos chamou para fazermos parte desta porção do Povo de Deus nesta querida Diocese do Kwito-Bié.

“Bem haja as Irmãs Catequistas Franciscanas!”