“Alegrai-vos. Não temais!
Ide anunciar às minhas irmãs e a meus irmãos...”
(Cf. Mt 28,9)
“Na madrugada daquele primeiro dia” as mulheres caminham apressadas antes do despertar do sol! Qual surpresa! Encontram o sepulcro vazio! A missão de Maria Madalena e as outras mulheres inicia quando foram para cuidar do corpo de Jesus morto e o encontraram ressuscitado, não deitado na pedra fria, mas de pé e que lhes disse: ´Alegrai-vos. Não temais! Ide anunciar aos meus irmãos...´
A missão continuou na corrida dessas Mulheres, com o coração aquecido, cheio de paixão, coragem e ousadia. Foi o alvorecer de um novo dia, o começo de tudo, a Nova Criação! Uma corrida que não mais parou, e que, a partir do sepulcro vazio, chegou a todos os territórios e povos da Terra.
São as mulheres que despertam a madrugada!
Seus olhos vigilantes esperam, o sol não tardará a nascer! Saudades de um corpo que lhe trouxe dignidade e respeito frente a uma sociedade machista e excludente. Brota ali o desejo de um encontro livre e sem preconceitos que a esperança faz reacender!
“É um tempo em que a terra cuida de um corpo que foi ferido, morto... A terra cuida e com Ele faz ressuscitar seus sonhos de vida nova”, uma utopia, um novo horizonte de todas as sociedades e uma proposta de vida para toda a humanidade.
O dinamismo missionário que tem origem no encontro com o Cristo vivo da ressurreição, nos dá um novo ardor para continuar, com Maria Madalena, anunciadora da esperança, do Bem Viver, junto às pessoas com as quais caminhamos na busca e na construção de justiça e paz: mulheres, juventudes, crianças e adolescentes, comunidades tradicionais, migrantes e imigrantes, povos originários...
O Ressuscitado vive! Renova seu amor pela Criação “e viu que tudo era muito bom!” Essa esperança é reavivada em nós em cada gesto de ternura, cuidado e reverência para com a mãe e irmã Terra, de seus filhos e filhas e com todas as criaturas, tornando-a, definitivamente Nossa Casa Comum!
Assim, juntamos nossas mãos e corações, num gesto profundo pela vida, na partilha do pão cotidiano, na abertura do coração, em nossas irmandades, praças e aldeias, grupos e comunidades, no compromisso e no movimento pela dignidade da vida que se torna missão-Ressurreição!

