‘Se o caminho é longo e a estrada desafia,
vou acertando o passo, pra ver chegar o dia’.
Com o coração agradecido, nos dias 06 a 08 de junho, as irmãs que atuam junto aos povos indígenas realizaram, em São Paulo, na irmandade da Vila Matilde, o encontro de partilha e celebraram a riqueza que cada uma trouxe em seu cântaro, as vivências, os gestos, as alegrias, os sonhos, as utopias, os desafios, as dores e o compromisso compartilhado na vida-missão de defesa da terra e dos direitos.
Tivemos a graça de iniciar o encontro no seio da aldeia Multiétnica no coração de Guarulhos-São Paulo, que nos proporcionou uma troca de vivências, e nos permitiu o transbordamento de uma espiritualidade que dá sentido e que liga e interliga a tudo e a todos/as como um fio invisível. Em meio a nossa diversidade, somos todas e todos iguais.
Na tarde do primeiro dia, socializamos as ressonâncias das vivências que nos levaram a trilhar o caminho e o lugar da missão, o que nos provocou a refletir sobre as necessidades que têm os povos indígenas de nós, e que necessidade temos nós, como congregação, de estar com os povos indígenas.
No segundo dia, fomos interpeladas a ter um olhar antropológico, tendo como pano de fundo, a terra, o território e a territorialidade e nos motivadas a alargar nosso olhar, nossa compreensão e missão junto a esses povos.
Considerando a conjuntura indigenista atual, o desmonte de direitos, a violência contra os povos indígenas e a permanente violação de direitos, fomos orientadas como manter a segurança pessoal e comunitária, diante de situações de conflitos.
Com alegria, concluímos o nosso encontro com a escuta-ativa das nossas realidades e sonhos, ajudando-nos a clarear os processos que vivemos e os que almejamos construir nas Regiões Missionárias e Congregação.
Nossa gratidão ao Rafael Martins, à Lucia Rangel e Irmã Michael Nolan pela presença e generosa assessoria.

