“O fruto da justiça será a paz.

O trabalho da justiça se tornará 

Tranquilidade e segurança permanentes”. Is. 32,17

No décimo aniversário da instituição deste Dia Mundial de Oração pelo Cuidado da Criação, o tema escolhido pelo saudoso Papa Francisco é: “Sementes de Paz e Esperança”, coincidindo com o décimo ano da publicação da ‘Laudato si’, e também, deste ano jubilar, “Peregrinos de Esperança”, tudo isto nos remete à significado mais forte e fecundo.

Em Jo 12,24, Jesus usa a imagem da semente para falar do Reino de Deus e de si próprio . A semente é força impetuosa e gera vida quando se entrega à terra como dom, simplesmente. E o profeta Isaías 32,15, nos diz que, “o Espírito de Deus é capaz de transformar o deserto árido e ressequido num jardim, num lugar de repouso e serenidade”.

Neste ambiente e neste sentido, portanto, em Cristo, somos “sementes de Paz e Esperança”, que acompanharão a iniciativa ecumênica do “Tempo da Criação”, de 01 de setembro a 04 de outubro, que junto a oração com o propósito e necessidade de ações concretas e eficazes, contribuirão à transformar a aridez do deserto em um jardim, um lugar gostoso e saudável de se viver!

A justiça ambiental ultrapassa a mera proteção do ambiente e torna-se questão de justiça social, econômica e antropológica. E para nós que cremos, é uma exigência  teológica que salta aos olhos dos inumeráveis rostos desfigurados - DA 65. “Num mundo onde os mais frágeis são os primeiros a sofrer os efeitos devastadores das alterações climáticas, do desflorestamento e da poluição, Cuidar da Criação, torna-se uma questão de fé e de humanidade”, Papa Leão XIV. Podemos sintonizar este apelo na nossa Linha Inspiradora 1 – é missão e desafio REALMAR a Criação.

Papa Francisco nos diz: “O amor, cheio de pequenos gestos de cuidado mútuo, é também civil e político, manifestando-se em todas as ações que procuram construir um mundo melhor”. E ainda, “cremos que o caminho da reconstrução de novas economias passe pelas “sementes de esperança”, semeadas pacientemente nas periferias esquecidas do planeta, destes rebentos de ternura que lutam por subsistir na escuridão da exclusão”.

Ao contemplarmos a Criação de Deus, somos alertadas de nossa responsabilidade ecológica como Irmãs Catequistas Franciscanas, neste tempo de crise ambiental e nos impele a proteger de todas as formas a VIDA do planeta.

Que às tantas interpelações e mesmo as dificuldades vividas no dia a dia venham para somar nossa real responsabilidade e compromisso a fim de abraçar largamente as dores e gemidos da “nossa Casa Comum”.

E que o Espírito Criador nos aqueça e nos impulsione na ousadia generosa à  uma ecologia integral  que possibilite e vislumbre “cultivar e guardar” o jardim do mundo, a fim de sermos “Sementes de Esperança”!

Assis Brasil, AC