Três Jovens e uma Chispa que Acendeu muitas Luzes - Ressonâncias
O artigo, Três jovens e uma centelha (chispa) que acendeu muitas luzes, escrito por Irmã Alzira Munhoz, se reveste do frescor da atualidade e da potência das boas notícias.
Recuperar o “Sim!” proferido e profetizado pelas três primeiras irmãs catequistas, Amábile Avosani, Maria Avosani e Liduína Venturi é, como diz a Irmã Alzira, ter claro que a chama do carisma originário está acesa e se renova nesses tempos desafiantes que vivemos.
As três precursoras foram mulheres ativas, assumiram a missão necessária diante do clamor do povo que precisava de educadoras e catequistas, algo sagrado e fundamental para a futuro de todas as crianças e famílias que elas acolheram e ajudaram a ter esperança em meio à crise social e política daqueles tempos.
Elas foram protagonistas e profetizas, numa sociedade de exclusão social e, em um contexto em que as mulheres deviam estar submissas ao patriarcado. Por isso temos, em toda a história das irmãs e obviamente no presente momento, um carisma sempre implicado com tudo aquilo que ameaça a vida do povo, dos mais pobres e vulneráveis.
A força do profetismo dessas irmãs se espalhou por muitos lugares encarnou-se na realidade em diferentes contextos, no modo de viver em pequenas comunidades, nas regiões periféricas, sem qualquer receio de se embrear na vida das pessoas. Aqui recordamos o legado do Papa Francisco que vem reafirmar o compromisso de uma igreja em saída, tendo em si “o cheiro das ovelhas”.
É muito bom reavivar meu caminhar como leigo simpatizante. As reflexões proposta pela Irmã Alzira, chegam em boa hora. Por fim, partilho aquilo que o texto me deixou pensando:
- qual a atualização necessária do carisma das Irmãs Catequistas Franciscanas, partilhado conosco simpatizantes, no sentido de acolher e produzir respostas em tempos de analfabetismo funcional e tecnológico, da necessidade de letramentos para lidar com as mais distintas minorias e excluídos?
- Como ser presença simples e profética em tempos de ódios, polarizações, ajudando os oprimidos a se libertarem do enfeitiçamento lançado por uma sociedade de consumo?
- Qual é a nossa prática catequética urgente diante de uma igreja tão clericalista e tão pouco sinodal, perdida entre devocionismos anacrônicos e vazios de sentidos?
Márcio Dionizio Inácio - Simpatizante em São Paulo
O texto, “Três jovens e uma chispa que acendeu muitas luzes” de autoria de Ir. Alzira Munhoz, nos traz muitas reflexões e provocações missionárias. Nos alerta sobre a necessidade de abrir os ouvidos e o coração para sentir o chamado de Deus ecoado no clamor dos pequeninos. Penso ser essa atitude uma premissa para darmos o primeiro passo, o passo do “Sim”.
Contudo, o texto também nos mostra que não basta dizer “Sim”; é preciso vivê-lo a cada momento, no clamor de cada realidade onde estamos inseridos/as, apesar dos riscos iminentes. Para além do “Sim” de Amábile Avosani, Maria Avosani e Liduína Venturi, iluminados por outros “Sim”, vieram à minha mente: o de Maria, do Samaritano, de João Batista, de Francisco e Clara, do Papa Francisco... A cada “Sim”, um novo rebento surge, cresce e frutifica irradiando luzes e contagiando sucessivas gerações, infinitamente.
O texto também nos leva à autoanálise: Quantos “Sim” não dissemos fechando os ouvidos e o coração, ao chamado? Quantos “Sim” nos encorajamos dizer e viver, tornando-nos fortes nas adversidades, amorosos na convivência, leves na prática do bem?
Ser Simpatizante é dizer um “Sim” na vivência do Carisma das Irmãs Catequistas Franciscanas. Ao proferi-lo manifestamos nossa intenção em vivê-lo, somando na missão com cada Irmã, no seguimento do Cristo pobre, inspirados/as no modo de ser e viver de Francisco e Clara de Assis.
Luciana Luiza Schmitt -Simpatizante do Carisma
