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28 Novembro 2025
Um Sopro de Vida

 

 "... estamos todos instalados num organismo maior que é a Terra.

Por isso dizemos que  somos filhos da terra"

 

No mês que ocorreu a Conferência do clima em Belém, norte amazônico do Brasil, poderíamos citar inúmeras ações a favor da preservação ambiental.

Contudo, o que parece claro é que elas são insuficientes, segundo cientistas e ambientalistas dedicados a este tema.

A COP30 tornou-se um evento salvador para as sociedades mundiais porque é nesse momento que os avanços políticos podem acontecer, e espera-se muito da política global.

Quanto mais entendermos as limitações e desafios climáticos, mais chance temos de estabilizar os fenômenos naturais atípicos e reorganizar todo o desequilíbrio ambiental atual.

Neste espaço jornalístico e literário, gostaria de chamar a atenção do leitor para a importância das florestas. Embora seja uma preocupação bastante debatida, preservar e alimentar as florestas no plural porque a floresta amazônica se desdobra ocupando outros países, não só o Brasil, tornou-se o ponto central de nosso esforço

contra desastres ambientais, luta pela longevidade humana e sobrevivência das culturas originárias entre elas, dos povos indígenas.

Sem dúvida, os povos indígenas são as principais vítimas há décadas, abatidos pelas inúmeras doenças que a miséria ambiental favorece.

Infelizmente, as mortes infantis em muitas aldeias ainda estão muito presentes, bem como a escassez de alimentos onde a devastação consegue empobrecer áreas importantes, antes ricas em biodiversidade.

É preciso que os povos originários sejam recolocados no seu papel de proprietários das florestas, mas não só isso. Também atores da cultura de memória, de ensinamentos profiláticos no campo da saúde, da herança de conhecimento oral e sobretudo, como agentes políticos no meio urbano adverso.

Cabe à sociedade brasileira observar as ações do poder político e acompanhar as propostas eleitorais em 2026, direcionadas aos indígenas. O descaso político com as comunidades originais da Amazônia ou fora dela, promove um futuro genocídio e um colapso climático que afetará a todos nós, seres vivos, em um curto tempo.

Espera-se que o conhecimento científico contribua de forma decisiva no entendimento sobre a complexidade climática e que tanto a comunicação quanto a educação alcance a compreensão das sociedades.

Enfim, somos nutridos pelo alimento e pela esperança de existirmos plenamente sem os riscos que o capitalismo desenfreado nos impõe.

Citando Ailton Krenak (2022), ¨Para além de onde cada um de nós nasce – um sítio, uma aldeia, uma comunidade, uma cidade – estamos todos instalados num organismo maior que é a Terra. Por isso dizemos que  somos filhos da terra"

 

https://revistastatto.com.br/negocios-carreira/agronegocio-meio-ambiente/um-sopro-de-vida/

Informações adicionais

  • Fonte da Notícia: Maria Rosa Coutinho