Este grupo por área de interesse se reuniu por primeira vez nos dias 7 e 8 de setembro, no Bairro Novo, em Curitiba. Éramos 15 irmãs presentes, das que nos inscrevemos para esta área: Pastorais e Movimentos Sociais e Economia Solidária.
Nossa primeira agenda foi participar do Grito dos Excluídos. Fomos até a Paróquia Santa Terezinha, de Colombo, PR, onde iniciou o “Grito”, com o tema: JUVENTUDE QUE OUSA LUTAR, CONSTRÓI O PROJETO POPULAR. Das 9 hs até às 13h 30m, com a juventude, o povo, sacerdotes, religiosas/os, caminhamos, rezando, cantando e reivindicando melhorias em diversos setores da juventude atual, passando pelos bairros pobres da cidade de Colombo. Os “gritos” eram por uma educação popular acessível a todos, por melhor atendimento na saúde, por um lar harmonizado, onde haja diálogo entre os membros da família. Os jovens, através de encenações e teatros, suplicavam serem ouvidos, compreendidos por seus pais, pela Igreja e pela Sociedade. Reclamavam relacionamento de igual para igual, de respeito e justiça para com todos.
Para nós, Irmãs Catequistas Franciscanas, foi uma tomada de consciência da realidade atual da juventude. Concluímos que, como Província, deveríamos somar forças vivas e organizar algo concreto na linha da promoção humana. Para isso juntar-nos com outros grupos sociais existentes na comunidade, participando dos Conselhos Comunitários, de organizações da comunidade e projetos locais.
Em casa, a continuação do encontro e como iluminação, estudamos um texto: A lenta ascensão dos pobres, de Antonieta Potente, uma religiosa de Bolívia. O Texto nos levou a, mais uma vez, tomar consciência de que é preciso reassumir o nosso projeto de inserção, viver com os pobres, promovê-los, deixá-los ser protagonistas de seus direitos e deveres. Somos as mediadoras entre a Igreja e o povo; nós é que devemos mudar nossa maneira de estar entre o povo. Diz Antonieta: “Na maioria das vezes tratamos os pobres como beneficiários dos projetos e do progresso, ao passo que Deus os procura e pensa como companheiros na busca da alternativa à violência e à injustiça da história. A única garantia de uma nova história está no evangelizar como Deus nos evangeliza, levando-nos à consciência da justiça e da paz”.
Fomos aprofundando este tema que mexeu nossa consciência de que precisamos “sair de casa”, averiguar a situação das famílias, caminhar com elas desenvolvendo um projeto de libertação e promoção humana, lembrando que: “as famílias, são as testemunhas de um clamor sufocado durante séculos e de um mistério, que tem ainda seu poder na história”.
Concluímos nosso encontro assumindo o compromisso de realizar a cada ano um encontro deste grupo específico, como também, o de partilhar as riquezas deste na fraternidade e no encontro de Província.
Agradecidas a Deus e a todas as pessoas que colaboraram conosco, principalmente Irmã Magda Luiza Mascarello, que coordenou o encontro, cantamos hinos de louvor ao Senhor.
Saudações a todas/os