É Caminhando que se faz caminho!
Ousar, arriscar, temer, entregar, despojar, caminhar requer movimento interno e externo. É sentir-se peregrina e convidada a ser sensível e escutar a voz de DEUS que te guia nos caminhos, às vezes claros ou em meio a Neblina.
Francisco foi louco e pobre em muitas de suas atitudes: quando optou viver o santo Evangelho, no momento em que beijou o leproso, na distribuição de toda a riqueza de seu pai para os pobres e quando o renunciou em praça pública. Pelo “SUMO BEM - MEU DEUS E MEU TUDO!”.
Foi nesta dinâmica que participei do JUNIFRAN - Encontro de Junioristas da Família Franciscana realizado em Brasília, nos dias 14 e 15 de Setembro no Seminário São Francisco de Assis dos Franciscanos Conventuais.
O Tema do Encontro foi: Oração, Contemplação e Ação na Espiritualidade Franciscana. Na assessoria a contribuição foi de Dom Leonardo Ulrich Steinner, OFM - Bispo Auxiliar de Brasília/ Secretário Geral da CNBB, que nos conduziu de forma magnífica nos caminhos da espiritualidade Francisclariana. Destacou a minoridade na vida de seguidores apaixonados por Jesus Crucificado.
A reflexão Iluminou nossa vivência:
- Devemos ser nesta atual mudança de época, Evangelho encarnado no cotidiano, mesmo em meio as nossas limitações;
- Ser austeras/os na Trindade, nesse Deus que está sempre gerando a si mesmo e todas as criaturas;
- Viver a gratuidade como seguidoras/es apaixonadas/os por JESUS CRISTO CRUCIFICADO E RESSUSCITADO.
Durante estes dias fiz a experiência de estar em um santuário Franciscano e senti a presença da Divina Ruah que, em sua diversidade é fecunda nos tantos carismas. A família franciscana é abençoada por uma espiritualidade encarnada e ressuscitada no crucificado que em prontidão põe-se de pé em favor dos não amados!
Como religiosas/os somos convidadas a viver a Cultura do encontro e saber que quando chegamos a algum lugar, já existem pessoas lá. É Deus que escolhe, ama e nos chama, mesmo antes de eu e você darmos uma resposta - pois, é um Deus que por AMOR se encarna em nosso meio.
Senti-me como Francisco e Clara peregrinando de pé no chão, somente com a certeza que Ele conduziria meus passos. Diante da certeza de ter chegado ao destino desejado o toque do sino; E mais uma vez Francisco me fala na: “PERFEITA ALEGRIA”... Mais de repente, por meio de um sorriso, uma acolhida calorosa de irmão; senti-me como “O Peregrino na beira da estrada, sendo acolhido por Jesus Samaritano”.
Mais uma vez realimentei em meu espírito de que somos chamadas/os juntos com Francisco e Clara a uma experiência encarnada, tornando-nos pão repartido para um povo faminto, ferido, quebrado; a Viver e sentir o DEUS que caminha conosco, o Deus de Agar: AQUELE QUE ME ESPELHA, SENTE O QUE EU SINTO, às vezes frágil e silencioso, mas presente em todo o momento em nossas irmandades, junto ao povo e dentro de nós mesmas; surge em cada despertar da aurora aquecendo nosso coração, mente e espírito, fecunda nossas entranhas para gerar VIDA na GRATUIDADE em um trabalho de corpo a corpo, tomando nossa cruz e renunciando a nós mesmas com o coração indizível, para que “TODOS TENHAM VIDA E A TENHAM EM ABUNDÂNCIA”. Jo.10,10