Em nome da resistência, da fé e da crença segue a caminhada.

Lutar não é em vão se têm sonho e paixão a trilhar as estradas.

Ao som do maracá, pau de chuva, no ritmo do violão, tambores e dança, no aconchego de missionários, missionárias e indígenas, nós Irmãs Catequistas Franciscanas: Emilia Altini, Lucélia Araújo, Laura V. Manso, Beatriz Catarina Maestri, Custódia da Silva, Maria de Jesus Lima e Lucia Gianesini, participamos da XX Assembleia do CIMI, com o tema: 40 Anos do CIMI: Desafios e perspectivas na construção do Bem Viver. A Assembleia está acontecendo de 05 a 08 de novembro, no Centro de Formação Vicente Cañas, em Luziânia – GO.

Dentre as falas indígenas e missionárias avaliamos a nossa prática missionária: limites e possibilidades; um olhar crítico e conjuntural do CIMI no contexto político e eclesial da atualidade, bem como a missão do CIMI na construção do Bem Viver: a configuração da causa indígena hoje.

O jovem Eliseu do Povo Guarani Kaiowá, de Mato Groso do Sul, nos tocou profundamente quando falou: “A situação não tem como esperar. Estamos resistentes há mais de cem anos para a demarcação de nossas terras. Nossa paciência acabou, pelo longo tempo que estamos debaixo das lonas...”

Na celebração do Centenário de nossa Congregação, é com esse povo Guarani Kaiowá, que estamos sonhando e articulando o Projeto Interprovincial para, junto com ele, armar nossa tenda nessa realidade indígena, somando com o Regional CIMI-MS.

Através da análise de conjuntura feita nesta Assembleia, tomamos consciência de que o contexto político no Brasil continua extremamente adverso aos povos indígenas.

As mobilizações dos povos continuam sendo um imperativo na defesa e pela implementação de seus direitos, constitucionalmente previstos, mesmo com todas as limitações a que estamos envolvidas/os.

A presença, a solidariedade, o apoio, o envolvimento, a dedicação, a doação de todos e todas na defesa da causa e da vida dos povos indígenas continua sendo imprescindível politicamente e, acima de tudo, uma exigência evangélica irrenunciável.

Que a Divina Fonte nos sustente e anime nesta caminhada, alegre nosso coração e nos fortaleça na esperança!